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quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Rastreio de Cozinha - 100


Olha o número deste Rastreio: 100! São cem aulas! Dá para acreditar? Claro que, inevitavelmente, entro agora em curva descendente. Daqui até o final do ano, falta pouco. Mas, a intensidade da carga de informações fará com que esses dias se estendam, longos. Porque, como decretou Einstein, o tempo é relativo.


No post de ontem, reclamei um pouco das atuais circunstâncias da faculdade e um certo azedume tomou conta de mim. Mas, cara leitora Débora, seu comentário apenas alimenta algo que já sei dentro de mim. Agradeço a mensagem e, esteja certa, sou cheio de vaivéns, mas, estou mais certo do que errado sobre o que faço e, às vezes, um pouco cético, reclamo do modo como as coisas acontecem.

É um chavão, mas, nada como um dia depois do outro. Veja só: hoje, com informações maçantes sobre o que é marketing orientado para a empresa e, depois, correções do TCC entregue em julho, estou aqui, de novo pronto para continuar. Se não totalmente animado, ao menos, mais estável em relação às minhas escolhas.

Tivemos nesta quinta-feira uma série incontável de refrões sobre o marketing mercadológico, a orientação para o mercado, viver do e para o mercado e, claro, uma boa dose de marketing pessoal. Quando leio uma revista de gastronomia, logo me salta o que está oculto no texto e imagens: tudo ali é mercado ou é alma?


Um prato refinado, uma história, uma passagem feliz, uma realização. Será que as pessoas fotografadas e entrevistadas estão ali com a alma ou com o mercado? Ao que parece, vende-se, sim, uma imagem. E as revistas de gastronomia estão cheias de egos, formatados especialmente pelo marketing pessoal de cada. Chega-se ao cúmulo de se citar em terceira pessoa! Isso não é alma, nunca! É mercadoria vendida, sim!

Não, não sou contra a auto-promoção. Mas, a partir de um determinado ponto, você passa a ser uma mercadoria e aquelas crenças que fundamentaram a construção de um sonho tornam-se, por fim, meros resquícios nos traçados do aceto balsâmico ou do azeite no leito do prato.
Em um prato está, a princípio, contida toda a sua essência: o desejo de satisfazer, de acertar, de dar ao outro uma extensão de você. Depois de reproduções em série, será que realmente resta sinal dessa fragmentação de você mesmo no prato? Nada! Não sobra nada.


Então, quando ouço o professor proclamar a moderna ditadura do marketing, penso que tudo é mais simples quando se trata apenas, e tão-somente, de comida. Pelos focinhos de porco da feijoada! É só comida!!! O marketing se faz sozinho, e nem mesmo ouso chamar de marketing. Me interessa o retorno emocional ao mercadológico. Para resumir, acho tudo um exagero e as revistas de gastronomia, a cada edição, somente confirmam minhas impressões.

Para finalizar, também tive aulas de Tentativa de Cabar Comigo (TCC). Tudo o que fizemos será alterado. Absolutamente! Ou eu sou burro ou tem algo de podre entre a cozinha e a sala de aula. Por que, pelas barbatanas de tubarões, todos os professores responsáveis por TCC não se juntam e elaboram uma única orientação, unificada, com o mesmo teor? Por que nos enlouquecer com mudanças no meio do jogo? Por que nos levar à beira de um ataque de nervos, nos acalmar e recomeçar a tortura? Seria de bom tom - mercadológico e de marketing, inclusive - se pensassem um pouquinho mais e fizessem, eles, professores, coordenadores e seja lá quem mais estiver envolvido, um único e exclusivo caminho a ser seguido, sem sobressaltos, contratempos e desvios.


Pela lógica, que falta em demasia para o meu gosto, toda a pregação em torno de organização, planejamento, orientação para o cliente, para o mercado, marketing de resultados, pessoal, empresarial e mais um amontoado de conceitos que se juntam numa argamassa dura, cai por terra quando aplicados à própria instituição em si que, aparentemente, não enxerga o óbvio. Ou eu é que estou doido de pedra e não percebi que os processos são assim, confusos e aleatórios porque, no final das contas, não há lógica nenhuma mesmo.

4 Comentários:

Reiko Miura disse...

Oi Red,

seu comentário sobre o desconhecimnto do que deve ser adotado no dia-a-dia por quem supostamente ensina a coisa certa, tem tudo a ver.

É quase a mesma coisa que ouvi outro dia de um amigo, me dando conselhos pra andar mais. Detalhe: ele só anda de carro. Oras, quem nunca teve carro e anda pra cá e pra lá sou eu, ele que tire a bunda do carro e vá buscar pão a pé!

É isso, dizer para os outros o que se deve fazer, é a coisa mais fácil do mundo.

E chegou a minha vez de encarar a Tentativa de Cabar Comigo!!! Pelo menos já escolhi sobre o que vai ser: o cupuaçu. Afinal, preciso justificar a viagem pra Belém de alguma forma!!!

bjs

Redneck disse...

Pois é Andarilha, faça o que eu mando mas ... É assim que funciona, aparentemente. Quanto ao seu TCC (gostei da cópia!), desejo boa sorte. O meu está a pleno vapor, com mais vapor do que sólido. Mas, se eu fosse você, ao invés do cupuaçu, aposta nas poções mágicas. Se não forem sucesso acadêmico, certamente serão sucesso de público. E se você for voltar a Belém, me avise. Eu não quero o óleo de bota, e sim o boto inteiro. Beijo!

Reiko Miura disse...

Oi Red,

vou voltar a Belém, sim, em janeiro para o Fórum Social Mundial. Devo ficar uns 15 dias por lá (uma parte a trabalho e o restante pra aproveitar o resto das férias). Agora, trazer o boto...

bjs

Redneck disse...

Olha Andarilha, vamos chegar num acordo: você não precisa trazer o boto inteiro, apenas as partes que agregam valor. Please, please. Beijo!

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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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