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sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

The book is on the table

Mais um post temático. Desta vez, de gastronomia. Sim, o livro está e é sobre a mesa. Não é porque acabei a faculdade que meu interesse arrefeceu. Não! Longe disso! Não estive tão perto da cozinha quanto me apeteceria, mas, tampouco passei ao largo, como poderia ocorrer.


Cozinhei, sim. Mas, sobretudo, cozinhei nas letras, devo dizer. De certa forma, me dei férias de cozinha, depois de dois anos na prática laboratorial. E, por outro lado, a cozinha doméstica está bem distante do que se aprende na faculdade.

Claro, haverá os que acham que sou pedante ao afirmar isso. Mas, o feijão com arroz que eu pratico não chega nem perto do feijão com arroz de casa. Então, claro que me furtei à faina da cozinha caseira para melhor desfrutar da comida de mãe, que nada a substitui, não é?

Também devo dizer que a destreza do meu irmão com a carne e derivados me deixa inquieto, cônscio do meu pouco saber quando se trata de manejar e preparar as carnes.

De forma que entrei na cozinha tardiamente, somente na praia. Fiz coisas simples, sem sofisticação. Porque eu também estava de férias.

Para mim, as melhores férias se fazem acompanhar, sempre, de bons livros. E foi o que aconteceu. Nos quase 25 dias de férias, li sete livros. Entre os quais, os três abaixo, de gastronomia. Bem, um deles não é exatamente de gastronomia, mas faz uma adorável intersecção entre gastronomia e filosofia.


- Escoffianas Brasileiras - Alex Atala, com Carolina Chagas - Larousse - 526 páginas: é uma verdadeira bíblia que percorre toda a extensão da cozinha. Uma obra primorosa em edição que conjuga a história do próprio Atala com a cozinha regional brasileira. Claro que é bastante egocêntrico, ao sabor de livros correspondentes de chefs como Adrià, Jamie Oliver, Gordon Ramsay e companhia. Mas, e sobretudo, é um livro que ensina técnicas e dá receitas de maravilhosos pratos cujos ingredientes primam pela preferência nacional. Os capítulos são divididos segundo a evolução de um chef na cozinha: aprendizado, sonho e realidade. Recomendo como referência, com certeza. Para os que tratam os livros como obras de arte, como eu, um cuidado adicional da edição: na contracapa, há um livro-apêndice para ser usado no dia-a-dia na cozinha e preservar o livro principal.


- Em Defesa da Comida - Um Manifesto - Michael Pollan - Editora Intrínseca - 271 páginas: um verdadeiro tratado sobre a evolução da cadeia alimentar moderna e as inefáveis consequências sobre o corpo humano. A título de exemplo, veja só os nomes dos capítulos: A Era do Nutricionismo; A Dieta Ocidental e as Doenças da Civilização; e Para Superar o Nutricionismo. Pollan ataca a indústria alimentícia mundial e os lobbies que, de tempos em tempos, elegem o que é bom e o que não é bom: ora prevalecem as proteínas, ora os lipídios, ora os carboidratos. Ora a manteiga é boa, ora é fatal. A receita de Pollan para combater o poder da indústria da alimentação está na comida da avó (dele e nossas): Coma comida. Não muita. Principalmente vegetais. Livro bom para entender de que forma as prateleiras dos supermercados transformaram-se nos últimos 40 anos em verdadeiras exposições de armas letais.


- A Cozinha do Pensamento - Josep Muñoz Redón - Editora Senac - 223 páginas: de fato, este livro está mais para filosofia do que para gastronomia, mas, assim como o autor diz: "a gastronomia é a arte de condimentar os alimentos para produzir felicidade", eu digo que a filosofia permite, inclusive, tergiversar sobre aquilo de ser o que comemos ou de comermos aquilo que somos. Bacon, Sartre, Kant, Voltaire, Sócrates e outros passeiam por este delicioso livro que classifica os filósofos em doce, salgado, ácido e amargo. Um dos pontos interessantes são as receitas de acordo com a filosofia que se discute. Aproveite e interprete os enigmas sugeridos pelo autor. Alimento para o corpo e para o espírito.

4 Comentários:

Patty Diphusa disse...

Ai, ai...a destreza do seu irmão com a carne me impressiona também.


bjs

Redneck disse...

Patty, e a sua destreza em recuperar-se também me impressiona. Beijo!

Anônimo disse...

Nossa Red, é mesmo, Patty Diphusa tem razao: seu irmao é bom nesse negocio de pegar na carne, ne? Que loucura isso !!!!

Redneck disse...

La Voyageuse, para um ser predominantemente adepto de vegetais, você está bastante carnívora. Sugiro que pesque peixes nas águas geladas e profundas da tundra canadense. Beijo!

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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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