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quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Rastreio de Cozinha - 130


E eu que achava que hoje era sexta! Porque ouvi, de repente, no boteco, o Pavarotti feito fênix! O cara se esgoelou e soltou a voz. Barítono básico, acompanhado do violão bossa nova de improviso. De vez em quando, há algumas surpresas até mesmo em botecos de chineses, não é não?

E teve mais para uma quinta, assim, de improviso! Uma amiga e eu tivemos de correr de um bêbado! Eu e ela que sempre quisemos que alguém corresse atrás de nós, realizamos nosso desejo. Pede que vem, dizemos um para o outro. E veio. Na forma de um louco que, transtornado, correu atrás de nós como um raio. O sujeito somente parou porque na rua havia mais botecos e a força da atração entre um pólo e outro - bêbado e bar - é mais forte do que qualquer outro desejo. Sei lá o que ele tinha em mente. Apenas berrava por R$ 0,20 que, rapidamente, baixaram para R$ 0,05. Tivemos a sensação de que seríamos seguidos pela noite adentro não fosse o mequetrefe ir como mariposa para a luz.


(Lalaralá ... laralalá .... laralalá ...)

Eu ri bastante da cena. A amiga não achou graça nenhuma e disse que estava a ponto de galopar rumo ao metrô e que somente não o fez porque eu não mostrei sinais de que a acompanharia. Eu gargalhei, para dizer a verdade, e fiz ver a ela de que, em parte, nossos pedidos têm sido realizados: uma pessoa que corre atrás de nós, finalmente! Ela quis me esganar, mas, eu a recordei de que talvez não tenhamos especificado, no pedido, quem exatamente deveria correr atrás de ambos.


(O viadinho)

Nós, que quisemos que as pessoas corressem, se arrastassem, rastejassem mesmo aos nossos pés, tivemos, ao contrário, que colocar sebo nas próprias canelas e arredar pés que, de repente, converteram-se em rodinhas, tal a velocidade atingida. Usualmente, qualquer esforço de velocidade demonstrado é punido automaticamente com falta de ar, pré-desmaio e cansaço excessivo. Claro que, dadas as circunstâncias, ambos não tivemos nem chance de nos comunicarmos durante o evento. O ar necessário para a fuga das galinhas foi todo empregado em pernas para que te quero.


(A égua)

Toda essa tragi-comédia serviu, pelo menos, para amenizar o tom sombrio de que se recobriu essa semana, tomada por provas, ainda; por entregas e prazos curtos; e por dissabores outros que, de tantos, não merecem ser expostos, posto que extintos.

Hoje, quinta-feira, fechamos as aulas com a penúltima prova da temporada: foram questões dissertativas da disciplina de Projetos II, aka TCC, que servirão de base para mostrar ao orientador em que pé está o pantagruélico projeto do ToCoCru. Não sou capaz de ser convicto para falar em pé. O TCC está sobre um tripé, na verdade: uma perna manca, a outra quebrada e a terceira amputada. É um arremedo de Frankenstein.


(O estouro da boiada e bêbados, muiiiiiitos bêbados)

A prova foi coletiva, o que equivale a dizer que eu mesmo a fiz: ditei as respostas e um colega de grupo anotou. Tenho o projeto completo na minha cabeça. Praticamente, toda a abrangência, da definição da missão e objetivo do projeto até o tempo de retorno do investimento (pay back) está mais ou menos claro para mim.

O problema é que tudo, toda a abstração, tem que ser convertido em texto e número e, nesse quesito, o TCC está, diria, na Idade Média: obscuro, envolto em brumas e trevas. O nosso Iluminismo nos chega em pequenas réstias de luz: é apenas um 'Ah!' que se apaga ao primeiro sopro de vento. Sabe quase um asmático?


(Duas vacas descontroladas e um louco atrás)

Tivemos também aula de marketing, agora já com a conceituação da propaganda, da publicidade e das ferramentas que compõem o vasto universo do "compre batom, compre batom!!!". Antes, porém, o professor nos avisou que houve um mal súbito que acometeu a classe e, em epidemia, fomos atacados por um vírus de 0, 1, 2, 3. Houve alguns vírus que chegaram à escala 10, mas, foram raros. A grande maioria estacionou na média - somos, em média, sempre medianos -, entre um 5 e um 6 raquíticos.

De novo, como ontem, na hora da entrega das notas de Custos, se me abateu um típico sintoma do transtorno bipolar: euforia, depressão e imediata dor-de-barriga. Essa prova, de marketing, não me canso de dizer, foi aquela a qual Pequim ficou a me dever medalha numa nova categoria: a respondi em 5 minutos. Só há duas consequências para isso: ou fui extremamente bem ou titanicamente mal. Não há meio-termo. No fim, o filme foi "Muito Barulho por Nada": as notas ainda não estão completas e, portanto, ficamos todos sem saber o que aconteceu. De novo, a idade das trevas. Amanhã, um replay para finalizar essa jocosa semana: refaremos a prova de Custos, custe o que custar.


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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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