Zona de conforto ou Faixa de Gaza: qual é a sua?
Quando analiso o que tenho feito da vida, devo dizer que me arrisco, ainda que dentro do perímetro do que se convenciona como confortável. Tomo algumas decisões que me colocam diretamente na Faixa de Gaza, sujeito a ataques, com risco de ferimentos graves. Outras vezes, o grilo da consciência é mais forte e me encapsula na zona de conforto, que eu administro e controlo. Acho que todos somos extremistas, de alguma forma, tanto para permanecer no mundo conhecido, familiar, que é a zona de conforto, quanto para arriscar-se em meio a uma saraivada de tiros e perigos que é a Faixa de Gaza. Até que ponto somos capazes de ir sem pensar em conveniências, convenções e no refrão "o que os outros vão dizer?" Temos limites? O corpo é o limitador? Ou a mente? Não sei. Muitas vezes, a emoção sinaliza para a Faixa de Gaza, para tentar, dizer que tentou, que se atreveu, que sentiu o frio na espinha, que congelou, pelo menos por segundos, de pavor diante do ato que praticaria. E, quem sabe, do qual se arrependeria mais tarde. Mas, efetivamente, fez. Sabe aquela estória de que o proibido é melhor? De que o ilícito é mais interessante? Por que não ir a fundo, ao menos uma vez? E, já que vai, assuma. Depois, para que ser bovariano a vida toda e se arrepender do que não fez? Nem que seja para se arrepender quase que no mesmo instante daquilo que praticou. Não acho que dá para equilibrar a zona de conforto com a Faixa de Gaza, assim como não existe uma meio gravidez ou uma meia morte. Ou é tudo ou nada. Não dá para fazer concessões para um lado e outro e afirmar que equilibra sua vida entre duas pontes tão diferentes. É preciso ir aos extremos para reconhecer que o meio nem sempre é o melhor. Talvez o meu extremo seja aquele outro, e não este. Este post não é nada, não, só reminiscências. Não sei. Queria gastar palavras, dizer algo. Tá aí!
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