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sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Jornalistas sem liberdade

A liberdade de expressão é cerceada o tempo todo no Brasil. Segundo a organização Repórteres sem Fronteiras, na classificação mundial de liberdade de imprensa 2007, o Brasil está em 84º. lugar, próximo a países como Camboja, Libéria e Albânia. Ou seja, somos totalmente ditatoriais quando o assunto é imprensa livre. A Associação Mundial de Jornais (WAN) contabiliza o assassinato de 106 jornalistas em todo o mundo desde janeiro deste ano - 45 deles só no Iraque, que continua sendo o país com mais mortes violentas de profissionais de imprensa. No ano passado, foram registradas 110 mortes de jornalistas por assassinato. Na América Latina e Central, sete profissionais foram mortos, três deles na Colômbia. E um no Brasil. Ontem, quinta-feira, 22, o radialista João Carlos Alckmin levou dois tiros em novo atentado (já havia sofrido outro atentado) em São José dos Campos, a 91 Km de São Paulo. Alckmin denunciou a máfia dos caça-níqueis que atua no município. O radialista é primo do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Felizmente, Alckmin não corre risco de morte. Este post é quase um contraponto ao post abaixo, que fala exatamente da liberdade de escritores e chega a ser irônico que, profissionalmente, nós, da imprensa, tenhamos que pagar com nossas vidas porque denunciamos maracutaias alheias. Não estou numa área de risco, no segmento em que atuo. Mas, solidarizo-me com todos os repórteres e jornalistas, em todo o mundo, que, diariamente, desnudam os algozes em todas as partes do mundo. No ano que vem, a China, por conta das Olimpíadas de Pequim, estará na mira do Repórteres sem Fronteiras. O país é um dos mais violentos repressores da liberdade de imprensa e de expressão (você deve se lembrar que até o Google dobrou-se às pressões chinesas). Quando fui ao consulado chinês em São Paulo para obter o visto para uma visita ao país, tive que escrever uma carta de próprio punho na qual eu garantia que não faria qualquer tipo de trabalho de imprensa (ainda que estivesse em viagem justamente de trabalho). Na carta, me descrevi como turista!!!! Também me comprometia a não levar equipamentos como filmadoras para não registrar nada lá. Engraçado que, quando cheguei a Pequim, a minha primeira parada foi a Praça da Paz Celestial, para me encontrar com outros colegas jornalistas. A primeira coisa que fiz foi comprar uma câmara fotográfia que, ironia, também filmava. Não fui parado por ninguém, em nenhum momento.

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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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