Dois minutos, dezessete segundos e depois
Dois minutos e 17 segundos: é o tempo em que todos os habitantes da Terra ficam inconscientes no dia 29 de abril de 2010. A partir desse enredo, começa mais um seriado norte-americano que tenta convencer os telespectadores perdidos de "Lost" a seguir outros caminhos. É "FlashForward", que estreia amanhã, terça-feira, dia 23, no canal de TV paga AXN. Durante esses 137 segundos, as pessoas são capazes de ver cenas do futuro. E aí começa o caos: muitos vêem cenas desagradáveis e farão de tudo para impedir que essas cenas materializem-se. É a fantasia universal de ver o futuro e tentar mudá-lo.
O protagonista é o excelente Joseph Fiennes (que é, no seriado, o agente do FBI Mark Benford). Mark verá, nos 2:17 minutos à frente, que foi abandonado pela esposa, voltou a beber e que o parceiro foi assassinado. E ainda será caçado por um bando de mascarados. Para tentar explicar o fenômeno, Mark e equipe montarão colagens com as mais diversas visões para tentar evitar as cenas vistas pelas pessoas. "FlashForward" é baseada no romance original do escritor Robert J. Sawyer e é produzida pela TV norte-americana ABC, a mesma que produz "Lost". Como "Lost" acaba este ano, a ABC espera migrar a audiência de uma série para a outra.
Por definição, flashforward é a interrupção de uma sequência narrativa cronológica, mesmo recurso usado por "Lost", em que as pessoas voltam ao passado para (tentar) interferir no futuro. No final do post, há um vídeo de 18 minutos de "FlashForward", liberado pela ABC.
No entanto, a série, que está em intervalo nos EUA, onde já foram ao ar 10 episódios, corre o risco de ficar apenas na primeira temporada e esse é o grande problema das séries norte-americanas: a audiência caiu, cai a série. Os dois criadores do seriado foram afastados pela ABC exatamente por conta da queda de audiência. Ainda nos EUA, os episódios inéditos voltam ao ar no dia 18 de março e, inicialmente prevista para ter 25 episódios, "FlashForward" agora terá 22 episódios, o que é um mau sinal.
No Brasil, a estreia da sexta e última temporada de "Lost", no dia 9 de fevereiro, com dois episódios inéditos, foi cheia de problemas: retransmitida também pelo AXN, "Lost" estava completamente desfigurado: o pessoal da programação do AXN não teve o menor pudor de colocar no ar legendas com o português de Portugal (país em que estreou antes, como ocorre com "FlashForward") e algumas palavras simplesmente são irreconhecíveis no português corrente do Brasil. Houve uma série de reclamações e também amanhã, dia 23, às 21:00 horas, espero assistir ao 3º. capítulo da última temporada de "Lost" com alguma qualidade. Assim como a estreia de "FlashForward", às 22 horas.
A TV paga brasileira, repito, é cara e ruim: são 5 minutos de intervalos comerciais e alguns canais, como o próprio AXN, simplesmente enchem a programação de tralha na madrugada. Não é à toa, e os programadores que atentem para isso, que tem uma multidão que prefere baixar os seriados integralmente - e de graça - pela internet. #ficadica.
4 Comentários:
Este vídeo é assustadoramente promissor.
eu vi esse seriado... confesso que dormi
João, perdi grande parte do capítulo inicial mas gostei do que vi. E, como eu havia comentado, adoro o Ralph Fiennes, o protagonista. É o tipo de seriado que sempre me conquista, assim como "Lost" e "Fringe". Gosto de pensar que, afinal, não somos os únicos neste universo. Beijo!
Mauri, eu gostei. Sei que depois o seriado descambou, segundo a crítica. Por enquanto, gostei do que vi. Abraço!
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