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sábado, 15 de agosto de 2009

Sem maracutaia

Maracutaia significa algo ilícito, negociata, fraude. Consiste em uma tramoia ou manobra ilegal para prejudicar uma ou mais pessoas, em evidente ato de má fé. Em suma: sacanagem.

A maracutaia, no Brasil, acontece em vários setores e níveis e tornou-se, assim, uma palavra que naturalmente associamos a atos ou pessoas que, de uma forma ou de outra, prejudicam uma outra pessoa, um grupo ou toda a sociedade. Pode estar contida em leis, que se ocultam em aparente "direito" do cidadão, ou, pior, esconde-se, camuflada, em ações perpetradas às escuras, sem que haja luz sobre o que realmente aconteceu.

Essa conotação negativa da palavra, no entanto, é totalmente desmentida pelo Marakuthai, restaurante que graceja com a palavra "maracutaia" e "thai" (tailandês) e as une para descrever um local e uma comida de excelente qualidade.


(A chef do Marakuthai, Renata Vanzetto)

Estive este sábado no Marakuthai e, sem dúvida, foi uma tarde muito agradável por diversos motivos: revi três amigas queridas - duas, não as via há mais de seis meses; fomos muito bem atendidos; o ambiente cool e arejado, com decoração que remete à matriz de Ilhabela, litoral norte de São Paulo, da qual a cria paulistana foi gerada, nos deixou, a todos, bastante confortáveis; e, o principal de um restaurante, a comida, estava notadamente acertada.


(Menu degustação)

A cozinha do Marakuthai é tocada pela chef Renata Vanzetto, de apenas 20 anos. O restaurante foi aberto no final de junho e a decoração foi planejada e arquitetada por Silvia Camargo, mãe de Renata e decoradora. Ponto para ambas pelos pratos e ambiente extremamente caprichado.

Falei com a chef Renata e ela me disse que passou por uma temporada de sete meses entre a França e Espanha, onde aprimorou seus conhecimentos gastronômicos. O menu tem, portanto, pratos com toques do Brasil, da França, talvez algo da Espanha e, claro, como o nome indica, da Tailândia. Atenção para os condimentos e especiarias, principalmente com a marcante presença de gengibre e pimenta. Em alguns pratos, a presença particularmente acentuada do curry. A cozinha pode ser classificada como contemporânea.


(Satun)

Três de nós (estávamos em quatro pessoas) optamos pelas tirinhas de frango ao curry com cuscuz marroquino e arroz branco. Antes, passei pela salada: uma agradável cumbuca de folhas, nozes, pedaços de manga (com casca) e gergelim, temperados por excelente molho chutney de manga. O prato principal - tirinhas de frango - compunha-se do frango ao curry com vagem-manteiga, cuscuz marroquino e arroz branco. Estava no ponto, mas, em dado momento, senti que o curry prevaleceu, o que provoca uma leve ponta de algo enjoativo. Não comentei com minhas amigas mas a porção do prato, na medida certa, não deve provocar essa sensação, hostil ao paladar.


(Frango Thai)

Os garçons, bastante solícitos, servem de tempos em tempos uma água arejada com toques de essências cítricas (talvez, algo como flor de laranjeira). Simpático e gentil. Os sucos são naturais. Na sobremesa, experimentei o crème brûlée de coco, servido, novamente, com calda de manga. Bom também, mas houve, ao final, o predomínio da manga: na salada de entrada, no prato principal e na sobremesa. Para o meu gosto, muita manga.


(Yala)

De qualquer forma, o Marakuthai não é uma maracutaia. Honesto, com algumas pretensões, talvez, mas, sem algum esnobismo na cozinha, não se evolui. À primeira vista, minhas amigas e eu gostamos do que vimos e comemos. Para uma tarde de sábado, o Marakuthai nos remeteu, de repente, ao ambiente que deve prevalecer em Ilhabela, onde existe a casa-mãe. Não conheço o Marakuthai de Ilhabela mas me senti na ilha, rodeado de maresia, com um sol de verão em pleno inverno. Isso também é São Paulo: climas inconstantes e restaurantes novos a todo momento.


Para finalizar nossa excelente tarde de sábado, caminhamos nas ladeiras dos Jardins e tomamos café no Suplicy. O ambiente do café é extremamente diferente do restaurante que havíamos deixado há pouco. É moderninho mas não intimida. Gosto do Suplicy pelo café e pela trilha sonora. E das pessoas que, como nós, em sábado de sol, riam-se à toa.

Serviço:

- Marakuthai

Alameda Itu, 1618 - telefone - 11 3062-7556
Avenida Força Expedicionária Brasileira, 495 - telefone - (12) 3896-5874 (Ilhabela)
E-mail: contato@marakuthai.com.br

- Suplicy Cafés Especiais

Alameda Lorena, 1430 - telefone - 11 3061-0195
Web: Suplicy

1 Comentário:

Redneck disse...

Dário, obrigado, pela seleção. Abraço!

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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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