Muito prazer: faça sexo, mas não contraia DST
De vez em quando, dou a mão à palmatória: o governo consegue tomar algumas iniciativas que unem discernimento, tecnologia e sensibilidade. O Ministério da Saúde lançou nesta terça-feira, 18, a campanha "Muito prazer, sexo sem DST", com o objetivo de levar às pessoas mais informações sobre as doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Com a campanha, o ministério colocou no ar um site de cartões virtuais que permite ao usuário enviar avisos a parceiros sexuais, anonimamente, sobre a possibilidade de ser portador de DST.
A pessoa que tem DST pode enviar o postal e o destinatário, se for responsável, fará, ele mesmo, um exame para constatar o contágio por DST. Segundo o ministério, as pessoas têm dificuldade de contar aos parceiros que têm DST e o fato de poder fazê-lo virtualmente deve facilitar essa comunicação. Mas, claro que o anonimato funciona muito bem se os dois (infectado e parceiro) tiverem várias relações sexuais. Não é o caso quando se trata de uma relação (mais ou menos) estável. Ou seja, em caso de traição entre um casal, equivale a uma confissão da traição, ainda que seja por meio de um aviso anônimo virtual.
Pesquisa do ministério revela que 10,3 milhões de brasileiros já tiveram algum sinal ou sintoma de DSTs como sífilis, HPV (papiloma), gonorreia e herpes genital. São, ao todo, 6,6 milhões de homens e 3,7 milhões de mulheres. Desses, 18% dos homens não procuraram tratamento e 11,4% das mulheres também não o fizeram. Essas DSTs, quando não tratadas, podem causar complicações e aumentar em 18 vezes o risco de infecção pelo vírus HIV (AIDS).
Abaixo, um vídeo bastante elucidativo sobre a transmissão vertical (de mãe para filho) do vírus da AIDS e de outras DSTs:
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