Blog Widget by LinkWithin
Connect with Facebook

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

45 peças da minha casa de bonecas

Menino tem que brincar com bola e carrinho e menina tem que brincar de boneca e casinha. Establishment. Estabelecido. Nem um passo para cá (do menino) e tampouco para lá (da menina). Cada um na sua que o mundo é dividido entre machos e fêmeas.

Menino é azul. Menina é rosa. Quando não se sabe o sexo do futuro bebê, amarelo. Se for gay, transexual ou qualquer outra modalidade que não caiba no manual ortodoxo do sexismo prevalecente, que Deus nos acuda! Que será do enxoval (antigo, né!) desse futuro serzinho?

Daí que li sobre o lançamento de bonecos do filme "Crepúsculo" (Twilight) e fui procurar uma imagem dos respectivos. Me deparei com impressionantes sites que vendem bonecas (e bonecos, mais raros) de todos os jeitos, das mais antigas, da Belle Époque francesa até as mais sexies, inclusive nuas, em poses cheias de sensualidade.

Portanto, resolvi montar minha própria casa de bonecas. Por que não? Oras! Eu, que brinquei de bichinhos feitos de buchas vegetais na infância (que eram vaquinhas e boizinhos com direito a mangueiras cercadinhas), resolvi me arriscar nesse universo feminino, cheio de mistérios, com brinquedos que se assemelham a adultos e que, podem, para alguns, estender-se a mundos outros como os do fetiche. Não é o meu caso. Sério!

Posto aqui, portanto, uma bela coleção de 45 diferentes bonecas e bonecos (poucos) dos mais diferentes criadores. São, algumas, verdadeiras obras de arte. E que podem custar entre US$ 19 e US$ 900. Claro que existem outras, mais caras. Quanto mais arcaicas, tanto mais caras.

Há um blog sobre o assunto, com dezenas de links para quem tiver interesse em se estender no reino das bonecas. É o Brincando de Boneca. Mas a história das bonecas é bem mais rica do que as limitações impostas pelas convenções dos sexos. E tornou-se, em todo o mundo, uma atividade lucrativa, de colecionador. A palavra 'boneca' origina-se do espanhol 'muñeca' e é um dos brinquedos mais antigos e populares em todo o mundo. De certa forma, prepara a menina (ainda que eu não concorde com tal tendência de se dividir assim o mundo) para a maternidade, posto que a criança a embala e reproduz, no gestual, o papel da própria mãe. Se nós outros, meninos, fossemos assim educados, talvez saíssemos melhores pais em muitos casos.

A boneca é antiga: há registros que remetem à civilização babilônica e, em túmulos infantis egípcios, foi encontrada uma boneca de alabastro, em período que se situa entre 3 mil e 2 mil a.C. A Grécia e Roma antigas também tinham bonecas. A comercialização de bonecas, no entanto, começou na Alemanha no século XV, terra dos dochenmacher (fabricantes de bonecas). E foi em solo alemão também que surgiram as primeiras casas de bonecas. No século XVII, na Holanda, apareceram as primeiras bonecas com olhos de vidro e perucas, feitas de cabelos humanos. No século XIX, Thomas Edison (sim, o próprio) criou a ideia de uma boneca falante, que seria aproveitada por vários fabricantes. Atualmente, copiam-se celebridades e existem milhares de bonecas.

As mais famosas são as da linha Barbie, com versões do mundo todo. Para arrematar, há um filme magnífico, "Dolls", de Takeshi Kitano, que remete adultos a papeis de bonecos, manipuláveis, portanto, pelas emoções conduzidas pelo amor. Recomendo. Vamos, por fim, às bonecas:














































6 Comentários:

João Roque disse...

Algumas são mesmo deslumbrantes...
Abraço.

gentil carioca disse...

Apesar de preferir os autoramas, tive várias Suzies, a avó da Barbie. Mas minha predileta era mesmo a Amiguinha, uma grandona que gargalhava quando abríamos seus braços.
Hoje, bonecas sempre me remetem a personagens de filmes sobre zumbis...

Redneck disse...

Pinguim, eu não sabia que o setor de bonecas estava tão rico assim. Abraço!

Redneck disse...

Gentil Carioca, duas das minhas irmãs tiveram uma boneca bastante tradicional, aquela que fica de gatinhas, imóvel, não sei dizer o modelo. A minha irmã mais velha a conserva ainda. Na época, as que emitiam algum som eram raras. A minha mãe teve uma de pano da qual não desgrudava e uma outra parente, afastada, tinha uma história engraçada. Casada precocemente, dividia-se entre o fogão e a boneca. Quando o marido chegava, tinha que fazer a comida porque a pobre se esquecia da realidade. Beijo!

Fe Pressinott disse...

uma lindas, outras horríveis!!!

Saudades!! Não some

Redneck disse...

Fe, saudades também. E eu não sumo, não. Não de você. Beijo!