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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Rastreio de Cozinha - 117


Ao menos em quatro aulas por semana - duas às segundas-feiras e mais duas às terças-feiras - somos envolvidos completamente pelo álcool: respiramos, acariciamos, sentimos, vemos e, finalmente, bebemos drinks (segunda) e vinhos (terça). Na semana passada, fomos (pelo menos, eu me senti assim) privados do álcool.Hoje, ao contrário, o que prometia ser uma segunda-feira convencional, revelou-se mais um dia no qual todos ficamos relativamente afogueados (uns são mais translúcidos e ficam feito pimenta malagueta), sociáveis, animados e de um rumor contagiante, a ponto de não nos ouvirmos mais ou, melhor, pensarmos que estávamos, todos, numa balada.

Pois que esta segunda-feira começou desprezível e encerrou-se gloriosa. Mesmo aqueles (alunos) que refutam os (doces) efeitos do álcool, ao final, se comprazem. O álcool é terrível. Libera sei lá que endorfinas, mas, que todos ficam mais leves e saltitantes, não tenho a menor dúvida.Para mim, a segunda foi bastante improdutiva em termos de trabalho. Já estou às voltas, novamente, com prazos de entrega de matérias e pouca coisa aconteceu para desanuviar o meu cenário. Por outro lado, fiz um monte de tarefas escolares (eu escrevi dessa forma para passar a imagem de um colegial mesmo, tá!).

Ao final do dia, entre chamadas que se atropelaram umas às outras (todas as fontes excitam-se em me ligar quando já, na teoria, estou indisponível), consegui sair de casa e corri para a faculdade.

As duas primeiras aulas foram bastante teóricas (e maçantes), com explicações sobre como se colocam talheres, pratos e copos à mesa, conforme cada tipo de refeição. Claro que tem uma etiqueta prevista por tipo de prato (massa, peixe ou carne), com pão ou sem, com queijo ou sem, com água e vinho (tinto ou branco ou ambos). E sobremesa. E licores. E café. É um sem-número de detalhes que variam conforme os pratos são servidos. Que fique claro porque, segundo o professor, Glória Kalil ensinou errado no "Fantástico": a faca deve ser colocada à mesa com a serra para dentro, e não para fora, como disse Glorinha. A única faca que fica com a serra para a parte externa é a faquinha de pão, cuja serra mal dá para para cortar a manteiga ao meio.


São detalhes chatos, mas, que se prendem a uma longa tradição. As mudanças nesse pequeno cenário que vem a ser a mise-en-place de uma mesa são tão mínimas que quase dá para regredir ao tempo de Escoffier e se sentir em casa. Basicamente, na mesa vão o prato, a faca e o garfo, o saleiro, o pimenteiro, o copo d'água e o guardanapo. (Quase) Tudo o mais são excessos.

Mas, vamos ao que verdadeiramente interessa, que são os coquetéis dessa segunda-feira. Alguns são clássicos. Uns, são definidos como aperitivos; outros, como afrodisíacos; e, ainda, há os nutritivos. Escolha o seu. Para mim, os que contêm álcool sempre estarão numa categoria superior. Por que? Sei lá, mil coisas ...

Olha a relação de coquetéis que fizemos e tomamos:

1. Alecrim Forte: mistura de Martini Rosso, Malibu, cachaça (fomos de Velho Barreiro, eca!), alecrim em pó, alecrim fresco (em folha) e gelo. Esse drink é considerado afrodisíaco e o copo em que é servido é o modelo on the rocks (ou double old fashion, ou melhor, é o típico copo onde se serve wisky).


2. Bali: sorvete de morango, vodka, licor de frutas silvestres, groselha e gelo. Também afrodisíaco, é servido em copo escandinavo (o bojo tem uma "cinturinha", ou seja, o copo é mais fino na base e maior nas bordas).


3. Amor Bandido: só pelo nome, esse coquetel já diz a que veio. Feito de Bitter MezzAmaro - bitter, em inglês, significa amargo, e é a designação genérica para bebidas quase sempre amargas, produzidas a partir de raízes de plantas, cascas de árvores e frutas. O bitter é conhecido por outros nomes como Campari (Itália), Angostura (Trinidad e Tobago), Underberg (Alemanha) e Fernet (França) -, licor de curuçau Red Stock, clara de ovo e mel. Afrodisíaco, recomenda-se tomar em copo do tipo short (curto).


4. Garibaldi: é um drink do tipo aperitivo, servido em copo old fashion pequeno. O Garibaldi é feito de suco de laranja, Bitter Campari e gelo picado.


5. Batida de Frutas: essa me soou estranha porque parecia a vitamina de Neston feita pelas nossas mães. Olha a composição: leite integral frio, banana, maçã, mamão papaya e morango. Sirva em copo long drink, antes de dormir. Depois, é direto para a cama, feito um(a) menininho(a) bonzinho(boazinha)!


6. Kir Royale: clássico, esse coquetel é feito com creme de cassis e espumante brut. Digestivo, deve ser servido em taça flûte.


7. Cuba libre: outro clássico, é feito de Coca-Cola, rum ouro, limão e gelo. É do tipo refrescante, para ser servido em copo long drink.


8. Margarita: por fim, mais um clássico. Classificado como um drink refrescante e aperitivo, é feito de tequila prata, licor Cointreau e suco de limão. Há um copo específico para margarita e, inclusive, alguns modelos têm a haste em forma de cacto (porque a bebida resulta da fermentação da agave, planta que, vista de longe, parece um cacto, mas não é, e que cresce nas planícies mexicanas).


Para finalizar, o professor repetiu as doses do Bali e elaborou outro coquetel no qual creio que também ia creme de cassis e continha hortelã. Não sei ao certo, mas, estávamos em cerca de 20 pessoas na classe. Foram feitos, em média, 3 copos (alguns, 2; outros, 4), de cada coquetel. Em conta simples, cada copo equivale a cerca de 350 ml. Logo, três copos são 750 ml. Exceto a vitamina de frutas, foram ao todo 7 drinks. Assim, conforme meus cálculos, foram 5.250 ml, ou quase 5,5 litros de bebida. Esse total, dividido por 20 pessoas, deu cerca de 260 ml para cada um de nós. Mas, alguns não tomam bebida alcóolica e os houve quem, como eu, que certamente extrapolou os 500 ml per capita. Houve um momento, do qual perdi o timing, em que eu estava com três copos diferentes nas mãos. É que ando a treinar para o caso de vir a ser garçom, nada mais!

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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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