¿Pasara o no?
A Argentina debate, a partir desta quarta-feira, 14, a lei que pode aprovar o casamento entre pessoas do mesmo sexo e tornar o país o primeiro entre os vizinhos latinos-americanos a admitir a união gay. O senado argentino obteve quórum - participam da sessão, em progresso, 37 dos 72 senadores. A grande questão é se o projeto será convertido em lei ou não, já que os blocos de pró e contra estão equilibrados.
No lado dos contra, lidera a Igreja Católica, como não poderia deixar de ser. Mobilizados pela Igreja, que tem grande influência na Argentina, uma série de manifestantes se concentrou em frente ao Congresso argentino para encerrar a ampla campanha contra a iniciativa do casamento gay, definido pelo movimento como "um projeto do demônio".
A favor da união gay, o Instituto Contra a Discriminação (Inadi) organizou o dia do "Barulho pela Igualdade" e convocou a população a tocar instrumentos de percussão pela aprovação da lei.
O que está em debate pelo Senado da Argentina é um projeto de lei de união civil que não reconhece direitos como o de adoção por gays. Pela proposta, o código civil argentino será alterado e a fórmula "marido e mulher" será substituída pelo termo "contraentes". O projeto prevê a equiparação aos heterossexuais em direitos como adoção, herança e benefícios sociais.
Desde o ano passado, nove casais gays obtiveram permissões judiciais para se casar por registro civil na Argentina, embora alguns casamentos tenham sido anulados por outros juízes. Nesse caso, os casais recorreram e estão em processo de apelação junto à Suprema Corte da Argentina.
Torço para que a Argentina confirme e dê aval à união entre pessoas do mesmo sexo. Não tem porque se manter retrógrado enquanto a sociedade caminha inexoravelmente em outras direções. E lamento que aqui, no Brasil, estejamos a léguas desse mesmo debate. Tal qual na Argentina, aqui a Igreja Católica é capaz de tudo para deter esse tipo de progresso. Nesse momento, estou com os hermanos que são favoráveis à aprovação da lei do casamento gay. Deseo buenos aires para los congresistas argentinos e buenas suertes para todos los gays, sean latinos, argentinos o brasileños.
6 Comentários:
Red,
Como sabe, a lei foi aprovada no senado argentino, depois de 14 horas de debate.
O que tem que ser, tem muita força.
Abraço.
Parece, segundo tenho lido, que será aprovada a lei e não terá veto presidencial.
É muito importante que finalmente, um país do continente americano esteja no pelotão da frente, já que até agora, só alguns estados norte americanos e o distrito federal da Cidade do México tinham aprovado a lei.
E vão três países este ano: Portugal, Islândia e agora Argentina. Estamos todos de parabéns!
António, agora, faltam os demais países da América Latina e do mundo: são pelo menos mais uns 185 países. O Brasil? Acho que fica para o final da fila. Parabéns para a Argentina, portanto. Abraço!
João, pois é. Mas, como eu disse ao António, as coisas caminham muito lentamente e ainda que uns poucos países tenham enxergado mais à frente, um imenso batalhão de países navega nas sombras inquisidoras da Idade Média. Aqui no Brasil, o debate não se desdobra porque evangélicos e católicos, ao menos nessa questão, são tão unidos quanto unha e carne. E olha que eles são tão ou mais pecadores, tanto da unha (dinheiro) quanto da carne (sexo) que muitos gays que conheço. O homem é, definitivamente, o lobo do homem. Beijo!
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