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quarta-feira, 16 de junho de 2010

Pífios 2 x 1, a grande estreia fria da Copa 2010

Uma estreia acabrunhada, típica do Brasil em jogos iniciais. Enquanto todo mundo apostava num placar numeroso, de 3 x 0, 4 x 0, a goleada não veio. E não veio nem gol no primeiro tempo. Tensão de estreia? Não entendo. Não sei se existe uma TPM - Tensão Pré-Mundial que possa justificar o quanto o Brasil fica preso em partidas como essa.


A cada quatro anos, por mais favoritos que sejamos, é sempre assim. O ruído que antecedeu o jogo, a debandada de uma São Paulo inteira que se congestionou acima dos 200 Km às 15 horas e, uma hora depois, bateu recorde de 0 Km, silenciou tudo pontualmente às 15:30 horas. Exceto por torcedores tardios, carros afoitos que burlaram o sinal vermelho e um ou outro ser que não pertence ao Brasil nesse momento, todos se calaram.




Num e noutro canal de TV, narradores empurravam a bola e o time. Com exageros típicos, sempre os há. Mas não importa muito o que este ou aquele narrador diz. Importa é que por longos 45 minutos o sentimento se enregela, se engessa. Trava na garganta, destravada a doses bravas de cerveja, a sensação de que nada acontecerá.




Pior! De que acontecerá justamente o contrário: que o time mal avaliado, visto com zombaria, mude o norte do jogo e que marque. Credo que a Coreia do Norte parece ter mais norte durante o jogo! Medo! Invencíveis? Pois sim que vou esperar para ver! Quem não faz, toma! Sempre respeitei esse dito.




E assim começa o segundo tempo. O frio, depois de uma linda manhã e tarde de sol, começa a vir em ondas. Suficientes não para surfar, e sim insuflar nos ossos o sentimento de desolação. Geleiras inteiras navegam diante de nossos olhos nesse mar verde que o campo amplia.


Aos 10 minutos do segundo tempo, eis que a bola estoura e entra. A Jabulani (celebração, em Bantu isiZulu), polêmica bola que descreve linhas curvas de repente, entra triunfal e tremelica a rede. Ouço o gol lá fora quase uma imensidão de tempo antes de vê-lo, eu mesmo, no meu televisor. É o maldito delay (atraso). Com atraso mas não sem entusiasmo, vejo o gol finalmente. Cai o véu glacial que me cobria e já então me aqueço um tantinho.




E o jogo continua. Sisudo ainda. Mas o suspense inicial já foi quebrado. E sai o segundo. Aos 19 minutos do segundo tempo. Pronto. Agora, pode-se relaxar. Que nada! Ficaria tranquilo, deveras satisfeito, se chegássemos ao terceiro gol. Premonição feita, gol tomado: sai o terceiro gol. Da partida. E contra. A Coreia do Norte, frágil tigre asiático, marca seu próprio tento ante o mastodonte latino-americano. Final de partida, Brasil 2, Coreia do Norte, 1 (vídeo abaixo). Ficou um gosto do amargor da cerveja.





Encerrei a tulipa e também os ânimos. Fraco, fraquito, frangotinho, e não canarinho. Não gostei do jogo e tampouco do resultado. Domingo tem Costa do Marfim. Na quinta, Portugal. Até agora, não obstante a confiança quase inata com a seleção, só espero que passemos, um a um, esses adversários. Porque favoritismo, como disse o locutor, acaba quando se entra em campo e a partir daí tudo são nervosismos e suspenses. Até que o apito soe o final e o placar nos mostre em vantagem. Antes disso, apenas corações acelerados.

2 Comentários:

João Roque disse...

Ao menos tu ganhaste...
Foi difícil, mas justo; parabéns à Coreia do Norte que não vai ser o "patinho feio" do grupo, de forma alguma.
Já lá vão 44 anos, mas no Mundial de 66, em Inglaterra, foi a primeira e única vez que a Coreia do Norte participou num mundial, antes deste agora; ninguém sabia nada deles, mas eliminou a Itália e quando defrontou Portugal nos quartos de final, a meio do primeiro tempo ganhava-nos por...3 a 0!!!!
Só um génio chamado Eusébio conseguiu galvanizar a nossa selecção para virar para um 5 a 3 memorável.
Foi o jogo mais espectacular que já vi na vida.
Portanto, não foi surpresa total o que se passou ontem.
Aguardemos, e com apreensão, os acontecimentos.
Beijo.

Redneck disse...

João, ganhar no Brasil não é sinônimo de felicidade. Aqui o futebol é tão único que, ao ganharmos, precisamos fazê-lo de forma exemplar. Um futebol arte, uma obra de arte perfeita em campo. O jogo, se você o assistiu, foi retrancado, com o Brasil preso. Isso, para nós, não serve. E o placar foi desanimador. Enfim, ganhar, sim. Mas ganhar com beleza, sobretudo. Creio que nós subestimamos a Coreia do Norte, considerado um dos times mais fracos do campeonato. Como se vê, esse negócio de times favoritos e fracos na Copa do Mundo não quer dizer nada. Aguardemos, ainda com apreensão, os próximos jogos. Beijo!

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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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