Que Train é esse?
De Seattle, Estados Unidos - Ando cheio de interrogações por aqui como você pode ler nas últimas postagens. É o terceiro post consecutivo a ter um lindo e redondo sinal de interrogação no final. Será que eu ando tão questionador assim que nem reparei? Ou são correntes que se entrelaçam sem que eu também as perceba, umas às outras atreladas que, ao formar um todo, me passam de todo ao largo? Mais perguntas, quantas, tantas?
Bem, as dúvidas existem desde que se abriu o primeiro olhar sobre o mundo e se chorou e, ao chorar, se questionou, na falta de palavras, no discurso animalesco mesmo do choro se fez a primeira e grande questão fundamental: o que aconteceu? Era um nascimento e, ao mesmo tempo, um esgar lento, um lamento. E se saiu ao mundo como se sai do mundo: sem meias ou inteiras palavras e tudo apenas é silêncio e escuridão. Não, não tem som e fúria. Por oposição, apenas silêncio e cura. Talvez.
Mas isso não vem ao caso e é apenas por acaso que caso som com silêncio, fúria com cura. Porque queria mesmo era falar de som. De um pouquinho de fúria porque a geografia assim o permite.
Ouvi falar deles apenas porque assisti o Big Brother Brasil (que acabou e eu nem vi a final, que, por sinal, premiou Maria e o meu queridinho Wesley em segundo lugar) e eles estavam lá, no dia 14 de março deste ano. Até então, nunca os havia visto mais gordos. Quer dizer, gordos de menos, que são mais magros do que gordos. Se bem que os cabelos...
Depois, fui no show da Shakira (affeeee!!!) e eles estavam lá de novo, em 19 de março, no estádio do Morumbi, em São Paulo. Não os vi, confesso. Coisas de quem não acorre cedo nas cercanias do estádio. Cheguei para Shakira e foi tudo. E fiquei com o Fat, esse sim, fat, embora seja também boy e slim. Mas, vai saber porque tanta contradição numa só pessoa. Quem sou eu, que vou comer num lugar chamado Crow e que, em São Paulo, gostava de beber num outro chamado Raven? Coisas de Seattle? Seattle eu me sinto em São Paulo. Falta um bocadinho de frio e já não falta mais nada. Apenas o ar do rio. Não do Rio de Janeiro, e sim do rio, quer dizer, do lago, Lake Washington. Porque a luz, noturna e diurna, é a mesma coisa e as pessoas também não diferem tanto assim.
OK, agora que já vim de um ponto ao outro, pode me questionar também. De São Paulo a Seattle, de Shakira a Train, respondo a pergunta que dá nome ao post: que Train é esse? É o tal do Train, grupo de baladinhas que, quando ouvi de pertinho o vocal, constatei uma voz potente que eu não punha naquela boca acima da qual está um cabelo de Luan Santana em rosto de Steven Tyler. Feio e velho igual! Mas, que a voz é boa, é. O nome do post é um plágio da eterna pergunta mineira 'Que trem é este?", aplicada a tudo que não se sabe dondiquieusô, prondiquieuvô e praquiveioaquisinumsabiapruquetinhaquivir. Que quiprocó, nénão? Deve de ser procausa dumtar de ar de Seattle sobre o quar se abatem as pesadas asas do raven e do crow, tudojuntim!
OK, tudo é um trem, o trem longo da vida longa. Segue o Train, então, aí embaixo:
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