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sexta-feira, 30 de novembro de 2007

HiPiHi

Assim como o Japão na década de 50, a China é o país que mais copia produtos de todo o mundo e, depois, os exporta. Nos últimos anos, é cada vez mais frequente encontrar produtos chineses em todos os setores. Me lembro que, antes, os chineses exportavam apenas peças de cerâmica (e não a cara porcelana) para cá. Agora, não há um único segmento do mercado que não tenha o selo "made in China". Para confirmar isso, a China lançará agora o HiPiHi, sua própria versão do Second Life. O programa está há seis meses em fase beta, tem 30 mil usuários e o objetivo é chegar a mais de 170 milhões de internautas, o que não é difícil para um país com mais de 1,3 bilhão de habitantes. É claro que o mundo virtual chinês é semelhante ao Second Life. O cenário inclui templos budistas, dragões, "feng shui" e motivos relacionados aos Jogo Olímpicos de Pequim 2008. O HiPiHi foi desenvolvido em Pequim e, como se trata da China, está cheio de restrições. O criador garante que o programa é voltado para o mercado chinês, mas, há uma versão em inglês. E promete uma abordagem menos capitalista do que o Second Life. O autêntico Second Life é popular na China. Uma das novidades do HiPiHi é o uso da telefonia celular virtual.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Não é uma graça? (clica nele)


Dica do Chef

Passei tardiamente no supermercado e me esqueci: queria um vinho legal, quer dizer, uma meia garrafa, que acho extremamente apropriada para beber quando se está sozinho. Adoro a combinação pasta & vinho e, quando saí da faculdade, resolvi combinar pasta, vinho e peixe. Me lembrei da pasta e do peixe, mas não do vinho. Por que será? A fome era maior que a sede? Acho que não! Eu não tenho a tradição de tomar vinho e começo a entrar nesse reino. É difícil saber que vinho escolher. Geralmente, vou pela procedência, preferencialmente, pelos da França. Gosto de vinho branco, mas, depende da ocasião. Agora, começo a me interessar pelos tintos secos. Tenho procurado elaborar e apurar meu gosto de vinho porque realmente me sinto bem com um bom vinho. Para mim, que fumo, é muito agradável beber vinho. É quase como o cigarro. Os fumantes entenderão o que quero dizer. Agora, o preço determina o vinho? Quase sempre, é verdade. Um bom vinho francês custa caro. Uma meia garrafa de um vinho mediano pode sair por mais de R$ 100. São duas taças e pronto! Você bebeu mais que um tanque de gasolina. Mas, não, não quero colocar as coisas nestes termos. Há exorbitâncias maiores: o vinho mais caro do mundo é o Chateau d’Yquem Sauternes (1787), cuja garrafa custa de US$ 60 mil a US$ 80 mil. O Chateau d’Yquem é um sauterne (vinho branco e doce, para sobremesa) da região de Bordéus, na França. Mas, quer saber? Compre o chateau que você gosta, que é mais barato e dá na mesma. Se você gosta de vinho apreciará do mesmo jeito. Salute!

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Dica do Chef

O Electrolux Design Lab 2007 premia designers do mundo inteiro pelo desenvolvimento de novos produtos úteis que serão usados em casa. Na foto, um dos produtos finalistas, que é uma panela solar, aproveita a luz do sol para fazer comida. É o máximo. Só que, na Suécia, terra de origem da Electrolux, isso deve ser complicado, porque o sol é escasso. E aqui, para nós, é mais complicado ainda porque primeiro que essa panela será roubada se você cozinhar à luz do dia. Segundo, alguém lá tem tempo de cozinhar com o sol na cara? Fica aí, contudo, a dica. Eu adoro panelas e sou até capaz de ter uma dessas para cozinhar debaixo de chuva em São Paulo. Outra notícia legal é que um estudante brasileiro, João Diego Schimansky (brasileiro?), da PUC do Paraná, é um dos finalistas, com o "Fog Shower". O chuveiro usa dois litros de água para um banho de 5 minutos. Ah! O concurso premia produtos verdes, claro.

A galinha que existe em mim não para de cacarejar

Vamos aos fatos: creio que todos, eu o primeiro da fila, temos uma galinha interna que se move rumo à galinhagem, com maior ou menor intensidade. As pessoas tendem a sofrer pelos mais diversos motivos e um deles, senão o principal, é um ruminar ad eternum quando o assunto são as perdas, as decepções e desilusões, numa mixórdia de galinhas e vacas. Daí até o fundo do poço não há nada: você já está submerso. Ao pensar - e verbalizar - isso, constato que, a despeito de toda a dor e sofrimento que você possa ter com perdas, há uma gigantesca galinha dentro de você (uma granja??? um pintinho??? um galo???) que cacareja louca para bicar por aí. Libera a franga, então! Não há nada pior que o cativeiro, principalmente para galinhas acostumadas a ciscar impunemente (vai nessa!) os quintais próprios e alheios. Diante da conjectura que galinhas presas não fazem verão nenhum, solto as minhas próprias para ciscarem, bicarem e cacarejar a cada ovo (!!) botado. Solte a sua também. Sim, pode curtir sua ressaca. Mas, você pára de comer por que o Bush espirrou? Ou por que o papa mudou o modelo do sapato Prada? Nem eu. Se assim fosse, eu estaria 17,450 Kg mais magro e ainda mais galinha. Como faço uma linha galinha bem-tratada, não deixarei de comer porque vi uma estrela cadente ou porque o Chávez, o Lula, o Slim, o Steve Jobs e o Daniel Hadcliffe/Harry Potter não me escutam. Penas para que te quero! O fato é que a galinha (carijó ou d´angola, tanto faz) estrala de tanto que cacareja. Liberdade aos instintos mais galináceos. Já! Cócócóricócó!!!! (sim, cara Poeira, trata-se, mais uma vez, do inefável e inexorável sexo. Estou um tanto tarado esta semana).

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Blog de Elite

O HorseMan realmente sabe, né! Já falei que nada como um leonino para saber do outro. Pois não é que o caro cara lá do Sul vive a pregar selos aqui no meu blog? Cuidado com o meu ego, meu amigo. Recebi, com a maior vaidade, confessa, daquelas de deixar a crista lá encima, o selo "Eu tenho um Blog de Elite". O selo, conforme explica o Horse (adoro o nick e o animal) é criação do Puts Grilo!. Agora, vem a parte que mais gosto, da rasgação de seda. Assim diz o Horse: "O que dizer do meu grande amigo Chef? Muitas coisas. Que ele é uma das pessoas mais inteligentes que conheço (infelizmente apenas virtualmente), que ele tem uma visão de mundo que muito se parece com a minha e que escreve muito bem. Dono de uma perspicácia e de uma sagacidade ímpares, ele tem aquele "dom" do qual eu tanto falo, o de "ser diferente", estar acima da média. Não me canso de bisbilhotar pela cozinha dele para jogar conversa fora." Me desculpe, meu caro, mas eu não ia deixar tanto confete junto passar batido. Ainda mais que os confetes dão uma boa decoração na confeitaria desse Chef que vos fala. Já nem preciso da gratificação que o Puts Grilo! poderá dar para os blogs em relação a este meme. Estou rico, desde já! Bem, chega d'eu, d'eu mesmo e Redneck e Chefsergio (repare que me coloquei quatro vezes, uma a mais que o filme ... você acha que sou muito egocêntrico, muito autocentrado, muito cheio de mim? não responda, são apenas questões retóricas, que não requerem respostas lógicas!). OK, OK! Como trata-se de um meme, farei agora as vezes de um bom chef e alimentarei outros queridos blogs que estão no meu blogroll e no meu coração de leão (tá! foi a última vez que fiz referência a mim mesmo!):

- O Biscoito Fino e a Massa: porque sabe-se, dá-se por óbvio (adorei isto, Idelber) que a massa precisa de muito biscoito fino para chegar ao ponto ideal. De massa, como um aspirante a chef, começo a entender alguns fundamentos (a despeito de tê-la mais grudada na minha mão do que vê-la cair feito pluma no mármore). De biscoito fino, precisaria fazer estágio e depois vestibular com o Idelber para começar a ser biscoito, imagine fino.
- Pedro Doria: foi um dos primeiros contatos que tive, ainda em NO. e, depois, em No Mínimo, infelizmente exintos, com os blogs. Foi lá que comecei a ler blogueiros e entender esse maravilhoso universo do qual eu faço parte agora com o maior prazer. E porque o Pedro foi muito gentil em responder a um e-mail naquela época.
- Pensar Enlouquece, Pense Nisso: porque é a minha deixa para cumprimentar o Alexandre Inagaki pelo fato do seu blog ter sido considerado o Melhor Weblog em Português, segundo a votação popular do BOBs Awards 2007 (Best of the Blogs), promovida pelo canal de TV alemão Deutsche Welle. Alexandre, compartilho com você o agradecimento principalmente a seus avós porque acabei de perder mais um dos quatro pilares que me originaram, minha avó paterna. E também pelo Santo Expedito porque essa mesma avó iria gostar disso. Parabéns, do seu visitante mensal (quiçá diário) de número 140.001.
- Querido Leitor: a Rosana Hermann está numa boa causa contra o preconceito, a qual eu apóio totalmente. Me lembro que aprendi na faculdade de jornalismo (na querida Cásper) que a definição é "pré-conceito", ou seja, um pré-julgamento. Você não conhece as pessoas, não sabe nada delas e porque elas têm uma opinião diferente da sua você estabelece um pré-conceito, um julgamento e, desse tabladinho (sim, porque você se sente superior), passa a torpedear e atirar como se fosse um tribunal da inquisição. Abaixo os juízos de valor de quem não tem nada a dizer e, quando diz, fala besteira.
- Todo Prosa: porque vivo da prosa, do mais prosaico ato de falar, de escrever, de dizer muito, nem que seja blá blá blá. Da boa prosa da vida, da prosa da roça ... "tarde", da prosa urbana, da prosa que dispensa o prozac, que aceita um prosecco para discutir a prosa alheia e a própria. Porque me alimento muito, muito, da literatura. Dela bebo, me embriago e nunca digo "nunca mais"!

Tem gente que só pensa naquilo!

















Só para constar. Vi essa foto, achei engraçado e pronto. Não tire conclusões precipitadas porque você, como eu, dedica parte do cérebro só para isso. E não negue!

Sinfonia

Esta foi a primeira música do primeiro compact disc (CD) que eu comprei. É! Eu demorei para migrar do vinil para o CD. Antes mesmo do som, eu já havia comprado este CD, do The Verve (extinto!). Porém, depois daí, eu me transformei aos poucos em um early adopter e, do CD para o MP3, foi bem mais rápido. Estou há tanto tempo no MP3 que nem me lembro mais de quando foi a última vez que comprei um CD. Ainda existe?

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

200 orgasmos por dia

Sarah Carmen, de 24 anos, afirmou ao jornal "News of the World", da Inglaterra, que costuma ter até 200 orgasmos por dia. Ela fica excitada com praticamente tudo: o balançar dos trilhos do trem, o vibrar de um secador de cabelos, o ritmo de uma máquina de xerox... Somente durante a entrevista ao jornal, em 40 minutos, ela teve cinco orgasmos. O simples ato de falar de sexo já leva Sarah ao orgasmo. A britânica sofre de uma doença chamada síndrome da excitação sexual permanente, que faz com que os órgãos sexuais tenham um fluxo sanguíneo maior do que o normal. Ela tem a síndrome desde que um médico lhe receitou antidepressivos, aos 19 anos. A doença é tão rara que alguns especialistas já chegaram a duvidar do fato. Não há nenhuma explicação científica, mas acredita-se que a causa seja alguma inflamação ou infecção na área pélvica que estimula os nervos do clitóris. Há psiquiatras que acreditam que a síndrome seja um sintoma de alguma crise emocional - como se um coração partido se expressasse por meio de sensibilidade genital. De qualquer forma, os médicos afirmam que quem é portador da síndrome da excitação sexual permanente sofre tanto fisica quanto psicologicamente - e precisa de ajuda médica. Fonte: G1. Qualquer comentário adicional que eu fizer ou vai parecer machista ou sexista ou doentio. Então, me abastenho. Só quero deixar claro que a inveja mata! Mas, por que essas coisas não acontecem comigo?

Jogue fora suas tralhas

Em conversa longa e proveitosa com uma pessoa querida, chegamos à conclusão que temos que nos desfazer das tranqueiras. Jogar fora, doar, limpar, arejar mente e ambiente. Então, aproveita o dia que começa útil - ou não - e jogue fora os fantasmas, os medos, as inseguranças, os fracassos. Limpe sua casa. Limpe-se. Acredito que quando você faz grandes sessões de limpeza, você promove uma arrumação de si mesmo. Meio que metodicamente, tendo a fazer faxinas no final de cada ano. É um meio de se liberar das tralhas (materiais ou não) que acumulamos o ano todo. Não precisa de muita desculpa, não! Joga fora. Dê descarga. Tudo, mas tudo mesmo, pode ir esgoto abaixo. Bom dia para você também (não é mau humor, é vontade de renovar mesmo!).

domingo, 25 de novembro de 2007

¿Por qué no oyes, venezoelano?

Conseguiram calar a boca até do site "¿Por qué no te callas?", mas, contra a ditadura e a mordaça, não há barreiras e tampouco silêncio. Depois de virar toque de celular, a frase que o rei da Espanha, Juan Carlos I, disse para o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, durante a Cúpula Ibero-americana, em Santiago, agora estampa camisetas. Em Caracas, terra do bocudo, camisetas com a inscrição "¿Por qué no te callas?" são um sucesso! Os blogs, que são os mais rápidos, lançaram concursos para premiar a melhor charge baseada no "por que não se cala?” que o rei Juan Carlos lançou, dedo em riste, ao Hugo Chávez. A confusão toda começou quando Chávez criticou o ex-presidente espanhol José María Aznar e o chamou de "fascista". O rei da Espanha disse que as palavras de Chávez causaram "mal-estar da delegação espanhola". O resto, você deve ter visto de monte em toda a mídia. Aznar esteve no Brasil na semana passada e não foi recebido pelo presidente Lula por "problemas de agenda". Apesar de não comentar diretamente o incidente, pareceu divertido com toda a questão: "Vocês escutaram muito meu nome ultimamente, mas, não tenho culpa, porque não fiz nada. O engraçado é que isso acontece quando estou afastado da política há quatro anos", disse Aznar. Todo o imbróglio resultou melhor para a Espanha que disse, em voz monacal, o que todo mundo queria berrar. Enquanto Chávez vocifera, a Venezuela clama por direitos e trabalho e o povo reclama que passa fome. ¿Por qué no oyes su pueblo, Chávez?

Meu rugido dominical

"Dopplegänger", em alemão, significa "andarilho em duplicata" e, conforme a coluna do Sérgio Dávila deste domingo, na revista da Folha, descreve "um recurso literário baseado no mito - alemão - sobre a cópia fantasmagórica que asombra o ser de origem". Baseado nesse conceito, nasceu a palavra "googlegänger" que, neste mundo aqui, da internet, representa a cópia virtual de você mesmo. Ou seja, eu, Redneck, posso ter, neste momento, um clone Redneck (ou, ainda, eu mesmo, pessoa física), que passa a ser confundido pelas pessoas. Posso estar duplicado na rede e os que me conhecem, ou não, passam a achar que meu homônimo sou eu também. É meio confuso, mas é isso. Como diz Dávila em sua coluna, ele mesmo descobriu que há outro Sergio Davila (sem acento), com o endereço www.sergiodavila.com (sem o br do colunista), que vem a ser um colunista peruano de Nova York. Bem, nessa imensidão que é a teia virtual, não é difícil haver Rednecks (ou Sérgios, como é meu caso) espalhados por aí. Há um site gay chamado gayredneck, por exemplo. Eu mesmo tenho, como pessoa física, um homônimo no interior, um parente afastado. Também já fui confundido na vida real pela Justiça e tive que recorrer ao meu advogado para provar que o processado não era eu, e sim um quase homônimo (havia diferença de grafia no sobrenome). A pessoa que processou o meu quase homônimo admitiu que entrou no site da Telefônica e pegou o nome e endereço lá. É brincadeira? Mas, o que quero dizer é que tanto no mundo real quanto no virtual (e tanto na first life quanto na second), podemos, sim, ter duplicatas e sermos confundidos. Qual é o mal disso? Muitos, como acabei de relatar no caso do processo. O problema é que você não tem controle porque não dá para registrar seus domínios. O que, no caso de um leonino, é totalmente irritante. Você pode tentar encontrar homônimos seus pelo Google e poderá ficar chocado(a) com o que encontrar. Já fiz esse tipo de busca e, por ser jornalista, sempre encontro textos meus nos lugares mais improváveis, inclusive publicados de forma irregular - já me vi em jornais do Nordeste, do Norte e até mesmo aqui, na região Sudeste. É o velho copy & past, sem os devidos direitos autorais. Mas, é engraçado, porque o mundo virtual é feito de fios tão longos que, uma hora, você acaba por se encontrar e a seus homônimos. Se você encontrar duplicatas de você mesmo, pode ser interessante conhecer a história dessas pessoas, o que fazem, o que pensam, se têm blogs. Por outro lado, a idéia de ter um clone de você mesmo, ainda que virtual, é estranha. Ninguém gosta de não ser exclusivo (ou pelo menos achar que é único). Não entendo de combinações matemáticas e de biologia profundamente para saber quais são as probabilidades de que haja um Redneck quase que 100% igual a mim em alguma parte do mundo (real e virtual). Mas, sempre desconfiei que, num universo de mais de 7 bilhões de pessoas, é impossível que não haja uma só pessoa bastante semelhante a mim mesmo, física, emocional e racionalmente parecida. Você já pensou nisso?

sábado, 24 de novembro de 2007

Prêmio Blogueiro Solidário

O amigo do Sul, HorseMan, que está agora no meu blogroll (com atraso, sempre, da minha parte), me concedeu mais um prêmio (acho que você me supervaloriza, mas, sou leonino, e a juba fica cada vez mais espetada, claro!): o de Blogueiro Solidário, que, segundo suas palavras, "é oferecido àqueles que, de um jeito ou de outro, através dos textos que escrevem, ajudam, informam, orientam, tentam levar às pessoas um pouco do que aprenderam neste mundão grande de Deus". Aqui, desse cantinho, creio que faço alguma coisa. Menor que seja, já consegui, por intermédio deste espaço, reencontrar pessoas da minha infância, de uma época tão longe que parece outra vida. De quando eu ainda morava na zona rural e costumava atirar pedras nas cabeças de colegas que tentavam passar na estrada em frente à minha casa. Detalhe: a estrada era o único caminho. Uma dessas pedradas acertou a testa de uma colega (da terceira ou quarta série), que levou alguns pontos e uma lembrança para toda a vida. Cara PCyber, somos amigos, literalmente, pela pedra. Isso sim que é educar pela pedra. As pedras sempre estiveram presentes na minha vida. Do alto da pedreira que existe, um pouco devastada, mas existe ainda lá, ficávamos, eu e minha irmã, escondidos dos nossos pais. Minha mãe voltou a estudar quando já éramos os cinco filhos nascidos. Dois de nós, minha irmã do meio e eu, não cabíamos na camionete (com um único assento) e éramos obrigados a passar a noite na casa de nossos avós. A escola era na cidade. Revoltados que éramos, ficávamos na tal pedreira, cerca de 1,5 Km de nossa casa. Minha mãe gritava, de longe, para a gente ir para a casa da minha avó. Nós chorávamos e xingávamos entre nós. Isso passou. Mas, as pedras estão lá. Então, caro HorseMan, se você me concede o título de "solidário", veja só essas estórias. Naquela época, a minha solidariedade era para comigo mesmo. Eu atirava pedras nos meus coleguinhas de escola. Preferia vê-los correr de vacas no pasto a que eles cruzassem a frente da minha casa. Creio que fui um pequeno tirano naquela ocasião. Também quase cortei o dedo do meu irmão na época e perdi a chave da escola (da qual eu era guardião) no rio. Mas, são outras estórias. Obrigado pelo prêmio. Vou repassá-lo para uma pessoa, em especial, que tem a ver com o cenário das pedras (não a vítima, mas uma das testemunhas, ou quase): chamarei seu blog de Origami.

Heróis interrompidos

No dia 11 de janeiro do ano que vem estréia a segunda temporada de "Heroes" no Brasil, no canal Universal Channel, na TV paga. Creio que, à exceção da série "Men in Trees", que se passa no Alaska, e tem como protagonista a polêmica e "ex-lésbica" Anne Heche (no Warner Channel) - para tudo para fofoca: Anne Heche era casada com Ellen DeGeneres e está agora com James Tupper, que vem a ser, justamente, seu par em "Men in Trees". Volta tudo -, pois bem, exceto "Men in Trees" e, notavelmente, "Weeds" (no GNT), não há nada de novo e legal na TV paga (canais AXN, Warner, Universal, Sony e Fox, tradicionais em seriados). Mas, de volta a "Heroes", a segunda temporada estreou nos EUA em 24 de setembro, sem o mesmo sucesso da primeira temporada. O criador, Tim Kring, pediu desculpas aos fãs pelos "erros cometidos" na segunda temporada e prometeu corrigi-los. Outro problema enfrentado por "Heroes" é o final prematuro da temporada por conta da greve dos roteiristas de Hollywood. Eu não sei o que acontece, mas, as séries começam bem, são criativas, inovadoras - como "24 Horas", "Lost", "Desperate Housewives" - e, depois, do nada, degringolam. O pior é que no Brasil os canais acima citados costumam cortar as séries no meio e não avisam nada. Com a greve dos roteiristas (que tem atrasado produções de TV e filmes para cinema de altos orçamentos), isso deve se refletir por aqui de forma catastrófica. É uma pena.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Rei do espaço infinito

O universo numa casca de noz é o nome do popular livro do físico britânico Stephen Hawking. E também é uma homenagem a outro britânico famoso, William Shakespeare, que fez Hamlet dizer: "Eu poderia viver recluso numa casca de noz e me considerar rei do espaço infinito". Outro britânico (coincidência? duvido!), Sam Heath, resolveu colocar 50 pessoas dentro de uma bolha de sabão (porque ainda não há nozes desse tamanho). O feito foi realizado no Museu de Ciências de Londres. No ano passado, Sam Heath já havia conseguido juntar 19 pessoas dentro de uma bolha. Aprendi há muito que o particular pode ser universal e vice-versa. A experimentação com a bolha é apenas uma metáfora de que o universo é o que nós quisermos que ele seja. Somos reis dos nossos próprios espaços, infinitos. Esse post apenas complementa, coincidentemente ou não (sou cartesiano e prefiro acreditar na sequência de fatos lógicos), os dois posts abaixo, que falam mais de espaços infinitos dentro de nós mesmos do que a metáfora dessa bolha ou da casca de noz. É isso aí!

Jornalistas sem liberdade

A liberdade de expressão é cerceada o tempo todo no Brasil. Segundo a organização Repórteres sem Fronteiras, na classificação mundial de liberdade de imprensa 2007, o Brasil está em 84º. lugar, próximo a países como Camboja, Libéria e Albânia. Ou seja, somos totalmente ditatoriais quando o assunto é imprensa livre. A Associação Mundial de Jornais (WAN) contabiliza o assassinato de 106 jornalistas em todo o mundo desde janeiro deste ano - 45 deles só no Iraque, que continua sendo o país com mais mortes violentas de profissionais de imprensa. No ano passado, foram registradas 110 mortes de jornalistas por assassinato. Na América Latina e Central, sete profissionais foram mortos, três deles na Colômbia. E um no Brasil. Ontem, quinta-feira, 22, o radialista João Carlos Alckmin levou dois tiros em novo atentado (já havia sofrido outro atentado) em São José dos Campos, a 91 Km de São Paulo. Alckmin denunciou a máfia dos caça-níqueis que atua no município. O radialista é primo do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Felizmente, Alckmin não corre risco de morte. Este post é quase um contraponto ao post abaixo, que fala exatamente da liberdade de escritores e chega a ser irônico que, profissionalmente, nós, da imprensa, tenhamos que pagar com nossas vidas porque denunciamos maracutaias alheias. Não estou numa área de risco, no segmento em que atuo. Mas, solidarizo-me com todos os repórteres e jornalistas, em todo o mundo, que, diariamente, desnudam os algozes em todas as partes do mundo. No ano que vem, a China, por conta das Olimpíadas de Pequim, estará na mira do Repórteres sem Fronteiras. O país é um dos mais violentos repressores da liberdade de imprensa e de expressão (você deve se lembrar que até o Google dobrou-se às pressões chinesas). Quando fui ao consulado chinês em São Paulo para obter o visto para uma visita ao país, tive que escrever uma carta de próprio punho na qual eu garantia que não faria qualquer tipo de trabalho de imprensa (ainda que estivesse em viagem justamente de trabalho). Na carta, me descrevi como turista!!!! Também me comprometia a não levar equipamentos como filmadoras para não registrar nada lá. Engraçado que, quando cheguei a Pequim, a minha primeira parada foi a Praça da Paz Celestial, para me encontrar com outros colegas jornalistas. A primeira coisa que fiz foi comprar uma câmara fotográfia que, ironia, também filmava. Não fui parado por ninguém, em nenhum momento.

Escritores da Liberdade


Com atraso (sorry, HorseMan, você compreende, eu sei!), quero agradecer o amigo do Mundo Mágico de HorseMan pela honra de me ter indicado ao prêmio "Escritores da Liberdade". Assim como você, Horse, tenho uma relação íntima com a palavra. Verbo, verto-te. Vergado pelas palavras, mais do que pelo vento. Horse, of course que você sabe que há palavras jogadas ao vento e outras, duradouras, que se encravam nas pedras. Somos, você, eu e outros blogueiros os quais tive o prazer de visitar as respectivas casas, da categoria dos segundos. Daqueles que educam pela pedra. E batem tanto na pedra que ela cede. Insistimos. Armas nas nossas mentes, as palavras ferem, acalentam, alimentam. Ao invés de retribuir o prêmio para outros blogs, vou desvirtuar um pouco o meme e entregar esse prêmio para todas as pessoas que, durante a minha vida, me incentivaram na prática da leitura, de uma forma ou de outra. A literatura tornou-se, para mim, uma força tão poderosa que não concebo um mundo sem livros. Para mim, escritores são, de nascença, livres. Você pode prender um homem, cortar sua língua, amputar seus membros, cegá-lo. Você pode torturar o homem, fazê-lo chorar. Você pode deturpar e corromper. Mas, aquilo que está no cérebro de cada homem fará dele, sempre, um ser livre. Somos, todos, escritores da liberdade. Não é um privilégio. É natural. Decorre de ser humano. Só. Premio, então, pessoas que não têm a menor idéia de ter contribuído com um tijolo na construção da minha fortaleza. Creio que faço, assim, justiça àqueles que cederam tempo e argamassa para que eu construisse meu próprio castelo dentro de mim mesmo.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Garde manger

Fizemos nesta noite de quinta-feira onze pratos diferentes para a prova de garde manger (que são pratos como saladas, canapés, petiscos, patês, tortinhas, entradas frias e todas aquelas guloseimas que adoramos). Foi a nossa prova prática dessa matéria e creio que nos saímos bem (minha bancada é formada por sete pessoas; quer dizer, a classe tem quatro bancadas, com, em média, de seis a sete pessoas por bancada). Para você ter uma idéia de como isso funciona, para uma prova são fornecidos ingredientes e você tem que criar os pratos com esses ingredientes. Todos! O segredo é resgatar na memória tudo aquilo que temos aprendido nos últimos meses. Ao final - e há uma hora exata de apresentação dos pratos - é recompensador ver o chef (professor) provar e aprovar nossas produções. Em duas semanas, concluo o primeiro ano da faculdade de gastronomia. Não é fácil conciliar trabalho e faculdade. Ainda mais uma faculdade em que você coloca literalmente a mão na massa. Mas, estou feliz. Chego cansado em casa, mas feliz. E a felicidade é um ingrediente raro para desperdiçá-lo, não é?

Bolero para Béjart

Maurice Béjart, coréografo francês, morreu nesta quinta-feira, aos 80 anos. Em 1997, eu assisti "Le Presbytère n'a rien perdu de son charm, ni le jardin de son éclat", uma das apresentações de balé mais bonitas que já vi. Béjart teve formação clássica e estreou na carreira primeiro como bailarino. Ainda em 1954 , fundou em Paris a companhia Ballet de l'Étoile, que depois virou Ballet-Théâtre de Paris. Montou espetáculos como "Sacre du Printemps" (A Sagração da Primavera), "L'Oiseau de Feu" (Pássaro de Fogo) e "Boléro" (Bolero). Na Bélgica, Béjart criou a escola Mudra, em 1970; depois, em Dakar, em 1977 e, enfim, em Lausanne, em 1992. Quando se transferiu para Lausanne, o coreógrafo fundou o Béjart Ballet Lausanne. "Boléro" é um dos balés mais conhecidos de Béjart, especialmente por causa da interpretação do bailarino argentino Jorge Donn (na foto deste post). "Le Presbytère n'a rien perdu de son charm, ni le jardin de son éclat", que eu vi no Teatro Municipal de São Paulo, é uma homenagem a Jorge Donn e a Fred Mercury, ambos mortos pela AIDS. A dança perde. O céu ganha um anjo dançarino.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

As horas

Tic tac tic tac 10 00 11 10 11 00. É assim que eu me sinto: um relógio digital. Tenho que entregar algumas matérias e tenho escrito desde ontem, sem trégua. Somadas, as horas chegam a um horripilante total de 26, quase que exclusivamente voltadas para a digitação de um sem-fim de palavras. Não sei se eu conheço o teclado ou se o teclado me conhece. Tem horas que parece que os dedos viraram teclas e vice-versa. Tem horas que o mouse vai ao banheiro com você, de tão integrado ao corpo. Almocei às 19:30 horas! Dizem que tem hora para tudo. Eu tenho hora até para colocar posts. Quando me canso da parte profissional de digitar, vou ao blog. Só não posto mais por absoluta falta de tempo. Não tive tempo de ir à faculdade. É a penúltima semana. Depois, semana que vem, provas. Hora de saber se prática e teoria estão sincronizadas. Hora de dormir? Creio que desconheço isso. Sou flexível a ponto de virar as horas da madrugada para escrever uma matéria. Parece que flui melhor. Hora de TV. Hora de telefonar para as pessoas (e olha que eu falei com mais de dez fontes hoje). Se o telefone não existisse, imagina o que seria de mim. Eu sou altamente telefonatizável. Mesmo depois de toda a conversa com meus entrevistados, vou ao telefone falar para relaxar. Tem horas que acho que sou doido. Mas, as horas passam. Viram tac tic. Os dígitos se embaralham e piscam 9999! Ora, hora, hordas de horas, honras às horas.

Hermano nuevo en Mercosur

Por 44 votos a favor e 17 contra, a Câmara dos Deputados aprovou a adesão da Venezuela ao Mercosul. Agora, a proposta será apreciada pelo plenário da Casa. Parte do DEM e do PSDB foi contrária à entrada da Venezuela no bloco, mas os governistas conseguiram votos para aprovar o parecer. O líder do governo na Câmara, José Múcio Monteiro (PTB-PE), foi pessoalmente à comissão para conversar com cada deputado e pedir apoio à aprovação do texto. "O parecer vai ser votado hoje (quarta-feira, 21). Vamos aprovar. É necessário separar o discurso da pessoa física [do presidente Hugo Chávez] da relação do Brasil com a Venezuela. A Venezuela é um dos nossos principais parceiros comerciais", afirmou o líder do governo. A oposição, exceto o PSOL, condena a participação do país vizinho no Mercosul, enquanto a base aliada defende a integração. Até Cuba entrou no bolo do debate: "A política que está sendo discutida no mundo inteiro é de multilateralismo. O isolamento produziu o bloqueio contra Cuba", afirmou o deputado José Genoino (PT-SP). Os integrantes do PSDB e do DEM que votaram contra acreditam que não se deve aprovar a adesão da Venezuela ao Mercosul porque não há respeito aos princípios democráticos no país vizinho. O líder do PSOL na Câmara, Chico Alencar (RJ), condenou o argumento da oposição. "O Parlamento não pode ser um lugar de 'cale-se'", afirmou ele, numa alusão à frase do rei Juan Carlos, da Espanha, que mandou Chávez calar a boca. Na minha opinião, o hermano Chávez não é bem-vindo não! Quem leva reprimendas de um rei porque se excedeu deve, ao menos, se recolher num cantinho e pensar que se comportou mal, moleque, se comportou mal! Se o Chávez fosse da minha família, a educação dele seria bem diferente. Lá em casa, quando alguém fazia alguma coisa que não devia, ficava de castigo, num cantinho (pode ser no Yemen), para pensar no que fez até resolver que aquilo não era uma boa idéia. Tenho comigo que o Chávez é hiperativo. Daí que não pensa. Faz. E faz caca! Uma atrás da outra. Você viu a última dele? Prometeu fidelidade eterna ao Irã! O que é que o Irã tem a ver com a América Latina, Chávez? Que coisa! Vai para a casinha, já! Mais informações, se você ainda não estiver cansado do Chávez, leia no UOL.

Êta nóis!

O etanol é celebrado mundialmente como o combustível verde e alternativo que pode colocar o Brasil no topo pela batalha mundial na busca de soluções paralelas ao petróleo. O programa do álcool, diariamente, corre o mundo e é uma das peças de resistência do governo Lula. Um verdadeiro cartão de visitas, assim como o é a recém-descoberta das reservas de Tupi. Mas, no Brasil, nos bastidores, nós sempre temos um trunfo na manga, sem mágica nenhuma. Em Brasilândia, Mato Grosso do Sul, a fiscalização encontrou 820 índios em condições de trabalho escravo na usina Companhia Brasileira de Açúcar e Álcool/Agrisul (grupo J.Pessoa). Os índios - guaranis, caiuás e terenas - ficavam em alojamentos superlotados, sem armários, com lixo no chão, restos de comida e esgoto a céu aberto. Nada muito diferente das condições de muitos brasileiros. Porém, são trabalhadores de um grupo que ganha milhões para exportar o afamado combustível. O Ministério do Trabalho autuará a empresa e alguns índios já voltaram para suas aldeias. O problema é histórico: mostram-se espelhos e os índios são atraídos, inexoravelmente, por um brilho que, na verdade, não existe. Deslocados, já não sabem onde se situar e acabam por vender mão-de-obra em troca de toscos cristais, agora não mais de espelhos, e sim de açúcar. Parabéns, usineiros!

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Um vazio no meu coração

Nesta terça-feira, 20, celebrou-se, em 20 cidades brasileiras, o Dia da Consciência Negra. Para muitos, foi um pretexto para emendar um feriado (15 de novembro) no outro e fazer uma pequena folga de seis dias. Para outros, foi dia de protesto. Muitos trabalharam hoje. E principalmente aqueles para quem foi criado esse dia. Também trabalhei hoje e, no geral, o dia foi bastante triste. Estou aqui a misturar alhos com bugalhos, mas, é a minha maneira de contar as coisas. Hoje foi um dia de perda. Perdi uma pessoa, minha avó, que debateu-se muito, muito mesmo pela vida, a despeito de proclamar o contrário em todas as ocasiões. Ela tinha 97 anos e completaria 98 no dia 27 de dezembro. Maria. Nascida em 1909. Viu o século XX inteiro. Viu duas grandes guerras. Não foi testemunha ativa, posto que morou a maior parte da sua vida no sítio, no meio do nada. Onde a informação era escassa e os ruídos do mundo moderno chegavam com atraso. Perdeu quatro filhos homens, inclusive meu pai. A dor da mãe que vê seus filhos irem, um a um. Perdeu o marido, de quem cuidou pacientemente por uma década. Me lembro dela desde pequeno, da capela, das caminhadas noturnas iluminadas a lampião de gás. De lamparinas de querosene em sua casa, que seria consumida inteiramente pelo fogo, fruto de um raio certeiro. Perdeu filhos, perdeu a casa, perdeu o marido. Nunca, nunca perdeu a fé. Não conheci pessoa mais crente, mais praticante, mais católica do que ela. Formou multidões em catecismos. Foi madrinha de centenas. Nos últimos anos, completamente lúcida, queixava-se de dores. Mas, não esquecia o nome dos netos, dezenas de netos. Lembro-me nitidamente dela em seu penúltimo aniversário. Estou longe de todos, agora. Não lido bem com a perda. Não suporto a despedida final. O meu adeus fica registrado aqui. Estampo minha homenagem a ela com um rosário porque foi o objeto mais constante em suas mãos, com absoluta certeza.

Comprar, verbo transitivo

Que a mulher adora comprar (qualquer coisa, mas qualquer coisa mesmo!), é sabido desde que a primeira primitiva (Luzia, para nós brasileiros) levou uma cacetada do primata e, depois que acordou, foi ao shopping para acabar com o stress. Bem, depois dela veio Eva, que comprou shampoo, umas roupinhas ultra-fashion feitas de folha de uva e uma maça vermelhíssima na banca de frutas. Quando voltou para casa, você já sabe: o marido, revoltado com o cartão de crédito, comeu a maça e deu no que deu. Pois bem! A revista feminina britânica First apenas constatou: ouviu 521 mulheres e, dessas, 40% preferem ir às compras a fazer sexo. Outras 37% fazem sexo apenas uma ou duas vezes por semana. Metade das casadas há mais de 20 anos poderiam continuar o relacionamento sem ter relações sexuais com o marido. Apesar disso, 72% das entrevistadas se dizem atraídas pelos parceiros. Essas mulheres dão aos seus maridos nota acima de sete na escala de atração sexual. Por fim, um terço das mulheres ouvidas na pesquisa não teve sexo na noite de núpcias. Mais informações: BBC Brasil.

Ourives de pixels

Nos EUA, dois designers criaram jóias de pixels - os pontos que compõem uma imagem digital - depois de buscar no Google imagens de jóias caras e famosas. Com base nessas imagens, os artesãos digitais criaram colares e brincos de couro que reproduzem o efeito obtido quando uma imagem de computador é exageradamente ampliada. Parece que obtiveram sucesso: as peças custam de US$ 250 a US$ 750 (de R$ 440 a R$ 1,3 mil). Será que, para pessoas que, como eu, que têm mais de 10 megapixels, haverá uma valorização na cotação pixeliana, ou seja, no ranking de pessoas bem-resolvidas? Eu acredito que sim! Agora, será ainda que dá para acumular os pixels da câmara fotográfica com os do celular? E, se positivo, nesse caso, as ações redneckianas valorizar-se-ão mais? A partir da premissa de que, quanto mais pixels eu contiver, mais valor eu terei, estou para o mundo digital assim como o poço Tupi está para a Petrobras. Minhas ações, nessa manhã, obtiveram alta de 17,1% na bolsa de Shangai. Vamos ver como elas se comportam na Bovespa quando o mercado abrir amanhã.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Me dê abóboras e eu farei carruagens!

Cara PCC, foi com imenso prazer que recebi seus comentários e, se não os publiquei, foi para atender seu pedido. Se você acha que as palavras são abobrinhas, então este blog é uma plantação inteira de abóboras selvagens. Eu creio na palavra, na força do verbo. É meu veículo mais preciso. Uso e abuso da palavra. Que bom que existem palavras para nos expressarmos. Se mais ou menos abobrinhas, não importa, não é? Temos, desde as pinturas rupestres, necessidade extrema de nos expressarmos em qualquer linguagem. Por que não desfrutar de toda essa parafernália multimídia disponível para fazê-lo? Por que não rolar abóboras por aí como se fossem palavras-petardos? Por que não? Me dê abóboras e farei purês. Farei conservas, tortas, patês, tortillas, mousses e quenelles. É isso aí. Antes que a carruagem vire abóbora e me engula!

Nenhuma nudez será castigada

Uma britânica de 102 anos tirou quase toda a roupa para um calendário de arrecadação de fundos para um time de futebol. A anciã usou apenas um lenço rosa sobre os ombros porque "na minha idade não é adequado ficar completamente nua", afirmou. Gracinha, como diria outra centenária, a Hebe Camargo (que Deus me defenda de vê-la nua!). A britânica posou num pub e disse que a convidaram porque é a pessoa mais velha da cidade e muito caridosa. Além do mais, foi apoiada pelos três filhos - Maureen, 80 anos, Janice, 74, e Robert, 62. Eu achei fantástico! Se eu estivesse em forma, não hesitaria em ficar peladão, assim como quase já fiquei quando aquele fotógrafo que despe multidões esteve em são Paulo. Para mim, o corpo é apenas um corpo, nada mais. E, guardadas as proporções (mais ou menos gordura, pêlos e pelancas), somos todos iguais, da bunda ao cabelo. Então, quando alguma beldade recebe milhões para posar nua (ou nu), não vejo porque tanta polêmica. A nudez, para mim, é apenas um estado em que a autenticidade é maior porque mentir sem se encobrir de qualquer coisa que seja é quase impossível. Tá bom! Nada contra as roupas. Não sou naturista a ponto de ir para a Avenida Paulista, ao banco, pelado. Mas, é apenas um corpo. Gostei da velhinha britânica! Quando eu fizer 98 anos, vou tentar ajudar algum time também.

domingo, 18 de novembro de 2007

Meu rugido dominical

O que é o barulho? E o silêncio? Pode o silêncio ser mais ensurdecedor do que o barulho? Estou a quase 400 Km de São Paulo. Há cigarras. Há pássaros. Ouço vacas que mugem, languidamente, com o sol da tarde. Raro, passa um carro. No campo, somente o barulho do vento que verga tudo e todos sem parar. Ruídos da natureza, por todo lado. Não há barulho da civilização. Não há alarmes de ambulâncias, de polícia. Não há buzinas de motoristas que fazem da buzina uma extensão de suas prepotências. Não há um mundaréu de gente nas calçadas e ruas. Que competem pelo espaço com os automóveis, com os camelôs, com as máquinas britadeiras que furam as cidades. Não há poluição visual. Nem prédios que fecham a minha visão. Não há poluição nenhuma de fato. Somente ar fresco. Sem cheiro. Muito verde. Tons sem fim de verde. Faixas de terra recém-aradas. Ao longe, um homem ara a terra com uma mula que puxa o arado. Visão antiga. Vejo lacraias. Sapos coaxam. Burburinho de passarinhos. Um bezerro rejeitado pela vaca é alimentado por mamadeira e segue meu irmão como um cachorro. Um dos cachorros é de raça, treinado para conduzir rebanhos de carneiros e vacas sozinho. Entende os comandos em inglês. "Sit down", "come here", "stop". E lá vai o cão e traz de volta o rebanho, apenas comandado por assovios. A outra cachorra finge que entende os comandos em inglês. Vai atrás. Não é nobre como o cão de origem inglesa. Mas, como muitos de nós, finge que entende inglês e faz o serviço certinho. Imaginações minhas? Não, realidades que me cercam. Hoje, ao contrário de meus rugidos anteriores, estou em comunhão com a paz do ambiente. Não quero criticar, reclamar ou rugir. Quase que num balido, celebro a paz do interior. Em contraposição a tanta natureza, recarrego as baterias (numa linguagem que soa pós-moderna e tecnológica) para enfrentar a selva paulistana. Selva disputada por mais de 10 milhões, todos os dias. Que desconhecem os espaços amplos da linha do horizonte. Que não sentem o contato da grama nos próprios pés. Que não sabem ou se esqueceram do cheiro da terra revolvida. Do barulho do eucalipto que se contorce com a ventania. Do silêncio que somente esse barulho é capaz de proporcionar. Etâ barulhinho bom!

Ausência

Havia prometido a mim mesmo que não ficaria sequer um dia sem postar algo aqui no blog. Aé porque, quando o leitor visita a página rotineiramente, tem a perspectiva de encontrar algo novo. Eu acredito firmemente que, se você se propõe a fornecer alguma coisa, qualquer que seja, tem que fornecê-la. Por isso, quero me desculpar pela ausência deste sábado, dia 17. Tenho explicações, porém, ainda assim, não são desculpas. Ontem, após o almoço, fui ao sítio em que nasci e por lá permaneci até às 23 horas. Minha mãe, irmãos, cunhada, sobrinhas e eu fizemos muita coisa lá. Uma delas foi o preparo semi-industrial de linguiça. Outra, da minha parte, foi carpir (sim, não se espante, fiz isso até meus 19 anos!) a pequena horta que meu irmão fez. Também houve momentos altamente instrutivos (não para mim, e sim para o leitor) como fotografar uma mula, carneiros, uma galinha com pintinhos, uma égua com o potrinho e as paisagens imensas que cercam a casa onde, com exceção da minha irmã mais nova, todos nós nascemos. Quando eu voltar a São Paulo, reproduzirei algumas fotos dessas no blog. Aqui, me faltam os softwares para fazer isso. Minha ausência desta página significa minha presença na terra, de forma literal. Pé no chão, terra na terra. Hoje, cheio de dores lombares, permanecerei na cidade (o nosso sítio fica a 10 Km da cidade). Eis-me aqui, então. Ah! Que é uma lida postar daqui, nem te digo. Do início da postagem ao momento da publicação, foi quase uma hora!

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Internet discada

Estou no interior e acabei de acessar o blog. Da digitação do endereço até a página entrar, foram mais de 15 minutos. O acesso discado é péssimo!!!! E, depois que você conhece a banda larga, você não quer nem chegar perto da banda estreita. Quando só havia acesso discado, me lembro que eu ficava maravilhado de acessar os antigos BBS da minha casa. Que coisa! O acesso pelo telefone celular até que funciona bem. Mas, é caro. Se eu sumir por alguns dias daqui, caro leitor, me entenda. Para o ano que vem, o governo exige que todas as operadoras fixas do País levem internet banda larga (via rede de cobre) para todos os municípios, inclusive para este no qual estou. Ótimo! Só quero ver o preço para o consumidor. Por enquanto, quero dizer que o acesso discado, ainda que precário, basta para eu atualizar o blog. E, às vezes, é bom ficar unplugged, não é?

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Por uma vida menos ordinária

O direito sobre marcas e patentes é, cada vez mais, rigoroso. O blog Mulher Aspirina foi notificado pela Bayer, fabricante do remédio "aspirina" por usar a marca e teve que mudar o nome para Mulher Remédio. Até onde eu sei, é quase impossível brigar com uma multinacional farmacêutica. Eu usava a expressão "Por uma Second Life menos ordinária" há muito tempo na linha de mensagem do meu messenger. Faz uns dois anos que uso isso. Daí que pintou, poor sugestão da Patty, a vontade e, depois, o vício, de se fazer um blog. No mesmo dia da criação, achei que o nome "Por uma Second Life menos ordinária" refletia o que eu penso sobre a vida real: cotidiana, repetitiva, lerda, inerte e sem humor. E, por isso, uni os nomes "Por uma vida menos ordinária", originária do filme, e "Second Life", do universo virtual, para dar o nome-fantasia a este blog. Por enquanto, não sofri pressão ou tampouco recebi qualquer notificação. Creio que os blogs são ambientes livres, assim como a internet. E há quem queira cerceá-los (blogs e internet) com todo tipo de filtro (o governo norte-americano, por exemplo, pretende criar um organismo como a ONU para administrar a internet mundial !!!!). Espero que ninguém me venha com essa estória de direitos de uso de marca. O nome deste blog é apenas uma brincadeira e não tem uso comercial. É para ser bem-humorado, só isso. "Por uma vida menos ordinária" é um filme de Danny Boyle (que fez também "Cova Rasa" e "Transpointing"). É a estória de Robert (Ewan McGregor), um perdedor, e de Celine (Cameron Diaz), a filhinha mimada do chefe de Robert. O filme não é lá grande coisa, mas, o nome, acho tudo de bom. E Second Life, todo mundo conhece, ou já deveria conhecer, a esta altura. Há, ainda, a peça "Por uma vida um pouco menos ordinária", de Daniela Pereira de Carvalho (autora do musical Renato Russo). A peça, com Eduardo Moscovis (em excursão pelo Brasil atualmente) mostra o relacionamento de dois irmãos viciados em cocaína que se envolvem com um policial traficante. E é só. Bom feriado!

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Conga, conga, conga!

Na certa, ela quer tomar a coroa da rainha do kitsh, Gretchen, de uma vez por todas. Yoko Ono dançou conga no MAM, no Rio de Janeiro. Em São Paulo, quem foi assistir sua performance, achou que era tal surreal que ou aplaudiu, ou xingou. Yoko pediu paz e criticou a violência no Rio (so déjà vu!). Eu ainda prefiro a nossa própria performática de Conga. É mais legítima.

Paraíso das cachorras

As cachorras que se cuidem! Com tantas por aí, uma cachorra autêntica conseguiu o que muitas cachorras por opção não conseguem: casar-se. Na Índia, um homem casou-se com a cadela vira-lata Selvi em uma tradicional cerimônia hindu em Manamadurai, no sul do país. A "noiva" usou a tradicional roupa de casamento, enfeitada com flores. O indiano decidiu casar-se com uma cadela por acreditar que está amaldiçoado, após ter matado dois outros cachorros por apedrejamento, há 15 anos. O cara consultou um astrólogo, que lhe disse que a única forma de curar a maldição era casar-se com uma cachorra. A família do noivo ganhou uma festa após a cerimônia. A cadela Selvi, um pão doce. E as cachorras? Terão direito a bengalas, baguetes ou biscoitos?

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Espirro

Há uma Poeira Cósmica Cibernética que me faz ficar "atchim" de curiosidade. E ela sabe disso!!!!

Claro lança 3G

A Claro anunciou nesta terça-feira, 13, a chegada da primeira rede 3G (terceira geração) do Brasil. O serviço começa a ser oferecido amanhã, 14, no Distrito Federal, Recife e Fortaleza. Em dezembro, chega ao Rio de Janeiro e São Paulo e, a partir de 2008, será estendido gradativamente para todas as demais cidades cobertas pela operadora. A principal característica da 3G é a velocidade da taxa de transmissão de dados, ou seja, a banda larga. A princípio, serão oferecidos dois planos: conexão de 1 Mbps, a R$ 99,90/mês (uso ilimitado) e de 500 Kbps a R$ 69,90/mês (uso ilimitado). Com a 3G, a Claro lança serviços como videochamada (em que dois usuários com telefones 3G podem ver um ao outro enquanto se falam). As demais aplicações, já existentes, ganham upgrade em velocidade. A licitação da 3G para as demais operadoras acontecerá em dezembro e a Claro somente pôde antecipar seus serviços de terceira geração porque dispunha de uma faixa de frequência no espectro brasileiro (de 850 MHz), antes usado pela antiga tecnologia da operadora (TDMA). Conforme a Claro e as demais operadoras migraram do TDMA para o GSM, houve um esvaziamento progressivo do espectro utilizado até então, o que possibilitou que a operadora usasse a faixa para a 3G. A 3G já é realidade na Europa e EUA. No Japão, já existe a 4G. Com a 3G, a Claro, que pertence à América Móvil (controlada pela Telmex, do meu amigo Carlos Slim, conforme dito em posts anteriores por aqui), assume uma dianteira competitiva boa perante Vivo, TIM e Oi. O movimento da Claro deve, certamente, provocar reações das concorrentes em breve. De tudo isso, sei que o Slim terá mais dinheiro meu e de outros assinantes, louquinhos para ter mais velocidade no celular. Ah! Isso nunca tem fim!

A expansão da internet

A internet parece, à primeira vista, bastante difundida. Tanto faz você estar em São Paulo, no interior, na região Nordeste, na Europa, EUA ou Ásia. Todo mundo conhece e é possível conectar-se quase que em qualquer lugar, num cyber café, pelo celular ou outros meios. Contudo, a despeito dessa difusão, a internet ainda é para poucos. Apenas 19% da população mundial (1,250 bilhão) estão conectados à internet. Isto é, 81% (mais de 5 bilhões de pessoas)nunca acessaram a internet e seus benefícios. No mundo, há 433,2 milhões de domínios registrados (domínios são as extensões como .com, .gov, .edu e são baseados no número IP - Internet Protocol). No entanto, uma busca no Google traz mais de 9,6 bilhões de resultados com sites de extensão '.com'. O país que mais tem internautas em todo o mundo são os EUA: 210,6 milhões de usuários. No Brasil, somos 39 milhões de internautas e somos o 6o. país no ranking mundial de países que acessam a internet.

Porcos selvagens (republicado às 16:35 horas)

Reproduzo aqui, sem a devida autorização porque não tenho como contatá-lo, o comentário de uma leitora anônima ao post "Cala a boca, Chávez!", publicado no último dia 10. O comentário já está disponível na seção de comentários, que é aberta a qualquer leitor. No entanto, como há uma limitação ao tamanho dos comentários e porque concordo integralmente com a opinião do leitor, posto na íntegra a resposta ao post: "Você sabe como capturar porcos selvagens?Você captura porcos selvagens encontrando um lugar adequado na floresta e colocando milho no chão. Os porcos vêm todos os dias comer o milho gratuito. Quando eles já estão acostumados a vir todos os dias, você coloca uma cerca, mas só de um lado. Quando eles se acostumam com a cerca, eles voltam a comer o milho e você coloca um outro lado da cerca. Mais uma vez eles se acostumam e voltam a comer. Você continua desse jeito até colocar os quatro lados da cerca em volta deles com uma porta no último lado. Como os porcos já estão acostumados ao milho fácil e às cercas, eles começam a vir sozinhos pela entrada. Você então fecha a porta e captura o grupo todo. Assim, rapidamente, os porcos perdem sua liberdade. Eles ficam correndo e dando voltas dentro da cerca, mas já foram pegos. Logo, voltam a comer o milho fácil e gratuito. Eles ficaram tão acostumados a ele que esqueceram como caçar na floresta por si próprios, e por isso aceitam a servidão. É exatamente isso que acontece. O governo empurra o povo para onde quer e espalha o milho gratuito na forma de programas de auxílio de renda, bolsas isso e aquilo, impostos variados, estatutos de "proteção", cotas para estes e aqueles, subsídio para todo tipo de coisa, pagamentos para não plantar, programas de "bem-estar social", medicina e medicamentos "gratuitos", tudo ao custo da perda contínua das liberdades, migalha a migalha. Devemos lembrar que não existe esse negócio de almoço grátis e também que não é possível alguém prestar um serviço mais barato do que seria se você mesmo o fizesse. Finalmente, se você percebe que toda essa maravilhosa "ajuda" governamental é um problema que se opõe ao futuro da democracia em nosso país, você vai divulgar esta mensagem. Mas, se você acredita que políticos e ongueiros pedem mais poder para tirarem liberdades e dinheiro dos outros para beneficiar *você* ou "os pobres" então que Deus o ajude quando trancarem a porta!"

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Pânico

Uma vaca de 270 quilos caiu de uma altura de 60 metros e atingiu o carro que passava na estrada abaixo do penhasco, nos EUA. O casal escapou da morte por alguns centímetros, mas, a pobre vaca teve que ser sacrificada. Eu só acho que tem mais coisas que despencam das alturas do que crê a nossa vã filosofia. Vacas que voam. Iguanas que criam asas. Não sei, não sei. Aviões que não saem do chão. Reis que mandam plebeus calarem as bocas. Leões que rugem interminavelmente. Tem muita coisa, é muita informação. É um mundo de supresas. No jornalismo, há um conceito, o de editorias transversais (acho que é isso, já nem sei). Como estradas que se cruzam. Há tanta coisa em curso que mesmo as informações precisam ser esquematizadas em estradas, rodovias, supervias e cruzamentos, com direito a semáforos e faixas de pedestres. Olha isso, por exemplo: "a cadeia de suinocultura precisa buscar investimentos e ações no campo da inclusão digital (sic) e da gestão da informação". Gente!!!! Nem os porcos conseguem chafurdar em paz!!! Terão os porcos que acessar a internet? E isso ocorrerá por meio de acesso discado ou de banda larga? Serão os pobres animais subsidiados? E o presunto será digitalizado? Não sei, não sei. Meu hard disk está em pane. O radar está como o sistema do Cindacta: nada! Há uma revolução dos bichos em curso? Ou há uma involução do humano? Seremos hienas? Iguanas? Porcos? Baratas? Você leu "Porcarias"? Ou a "Metamorfose"? É por aí, é por aí.

Meme do amigo

Recebi quase que simultaneamente a indicação de dois blogs amigos - O Mundo Mágico de Horseman e Quintessencia - para mais um meme: o Meme do Amigo. Primeiro, agradeço a ambos porque, como bem diz o amigo HorseMan, também estou há pouco tempo na blogosfera e já tenho amigos habituais, bem como visitas rotineiras aos respectivos blogs. A Lila, apesar de ficar envaidecida com meus elogios, pode ficar ruborizada agora: é uma amiga, sim! Então. É realmente difícil falar de amigos. Há aqueles possessivos e ciumentos (eu), generosos (meus amigos), intolerantes (eu), compreensivos (eles), rudes (eu), meigos e nem tanto (eles). Parece maniqueísmo, não é? Mas, também sou o inverso de tudo isso e o reverso, como o são os amigos. Ora você está mel, ora fel. Ora fiel, ora ferino. Ora pro nobis, ora per ti vel. Amigos podem tudo. Quase tudo. Machucam, alegram, magoam, saram, cantam, dançam, sorriem, enlouquecem. Quase sempre a seu favor. E, quando não, ficamos contrariados. Torcem por você. E retorcem as mãos quando você deixa a desejar. Enxugam suas lágrimas. Te fazem chorar. Celebram as pequenas vitórias. As grandes, deixam para a família e os demais. Ressentem-se se você é social por demais, dado, incapaz de se contentar com apenas ele ou ela. Te acusam de ser sociopata se você fica recluso. Te ligam. Não te ligam. Cobram e são cobrados. Te odeiam por causa do temperamento e te amam pelo mesmo motivo. Conhecem seu gosto (nem sempre, sorry!), seu cheiro (?), suas vontades (e birras), suas caras e bocas. Mas, são incapazes, às vezes, de lembrar-se do seu aniversário, da cor dos seus olhos, do novo corte de cabelo. Espera-se que você faça o mesmo, e você comete tudo de novo. Brigam porque você sai mais com um do que com outro. Se enchem quando você fica muito próximo. Constragem-se se você os encontra com outro(s) amigo(s) e você nem foi convidado. E você se constrange quando é pego no flagra pelo mesmo motivo. Percebe que amigos são casais (heteros e gays) que só não se casaram? Que só não compartilham o mesmo teto? Que não pagam as mesmas contas? E nem isso é sempre verdade. O sexo? Até isso pode haver. Mas, daí, creio que a amizade não é mais amizade, é outra coisa. Amigo é aquele que nasceu para te suportar. Porque você nasceu para suportar outros também. É vocação. É conexão. Ligação e atração. Acho que disse muito (nunca o suficiente, porém). Como trata-se de um meme, repasso a delicada e deliciosa missão de falar sobre a amizade. Alguns me dirão amigo da onça. Outros, se alegrarão. São assim, os amigos. Vai lá, então, para os dez blogs que o meme requer (os blog less que me perdoem, mas ter blog é fundamental nessa hora; repare que coloquei em ordem alfabética para não suscitar a discórdia). E, por favor, não se esqueçam que, como se trata de um meme, vocês, amigos (de fato, de direito e potenciais) devem repassar a função de escrever um post sobre os amigos para mais dez amigos cada um. Beijo!

- adv: porque os hereges se expõem às fogueiras de todos os tipos.
- Andarilha: quase que já a conheço.
- Ceila Santos: café? nunca mais!
- Edson Silva: que citou Sigur Rós e por isso entra na lista de amigos.
- Fabiana: que me alcunhou de janetão, mas, tudo bem.
- Marcio Serpa: que, agora, adora um bem-casado.
- Matthew: direto de Manhattan, right here, right now!
- Patty Diphusa: sempre cabe mais um na van (vai me matar!)
- Reinehr: um dia terei um blog assim.
- Ru Correa: deliciosamente umbilical.

domingo, 11 de novembro de 2007

Ordinariazinhas

Crédito: Fernando Gonsales

"É nóis na fita"

Em setembro, mais de 9 milhões de pessoas (o que dá aproximadamente a metade dos internautas) visitaram os web logs (blogs), segundo pesquisa do Ibope/NetRatings publicada em matéria na edição da Folha deste domingo. Os blogs surgiram em abril de 1997 e, segundo a Cnet, os pioneiros são os de Dave Winer, de Jorn Barger e de Justin Hal. A Wikipedia assinala que o primeiro é o de Jorn Barger, que também teria criado o termo “weblog”. Barger define weblog como “uma página da web onde um diarista (da web) relata todas as outras páginas interessantes que encontra". Por fim, a criação do blog é creditada ao próprio Justin Hall já citado, que teria começado em janeiro de 1994 a fazer uma espécie de diário na internet, o link.net, também antes citado. Embora haja controvérsias, convenciona-se que o aparecimento, de fato, dos blogs como os conhecemos, começou mesmo em 1997. Ou seja, os blogs existem há dez anos. No mundo, conforme dados do Technorati, existem cerca de 111,6 milhões de blogs e mais 175 mil são criados diariamente. Assim, a contagem deste post já deve estar defasada e o número de blogs deve ser de uns 112 milhões. Ainda de acordo com o Technorati, são feitas 18 atualizações (posts) por segundo. Por dia, são mais de 1,5 milhão de postagens. Haja capacidade de armazenamento para tantos dados. Pela pesquisa do Ibope, o blog brasileiro mais popular em setembro foi o Kibe Loko, com 320 mil acessos no mês. A audiência dos maiores blogs varia entre 70 mil a 250 mil acessos diários. Credo!!!! O meu querido blog não chega a 50 acessos por dia. Snif! Snif! Para concluir, a blogosfera é um universo importante como mídia e o mundo, conforme a internet se alastra, deve valorizar ainda mais esse novo veículo. O mais importante do blog é a possibilidade democrática de gerar informação e conteúdo. De interagir imediatamente com o mundo. De se expor e expor idéias e propagá-las (ver post sobre meme). P.S. Falei com minhas irmãs no interior de São Paulo e parece que algo que já aconteceu aqui em São Paulo se repete lá: no acesso discado (da Telefônica, obviamente), elas não conseguem entrar no meu blog. Vocês devem se lembrar que houve uma série de denúncias de que a Telefônica fez bloqueios aos blogs da Blogger, ou os "blogspot". Espero que não seja isso, de novo. Alguém sabe algo a respeito?

Meu rugido dominical

Noite dessas, saí e me deparei com uma situação bastante comum. Era um bar conhecido de São Paulo, bastante movimentado, com música ao vivo. As pessoas, quando vão a bares, restaurantes, cinemas e às baladas estão predispostas a se divertir. Bem, eram seis mulheres e cinco homens à mesa. As mulheres estavam num canto e os homens, noutro. Me pareceu (depois confirmei) que não eram de São Paulo. Mais, me pareceu que eram do interior de São Paulo (acertei de novo). Conforme a noite se estendia, as mulheres ficavam mais e mais animadas, loucas para dançar. Os homens estavam na terceira garrafa de uísque e estavam mais e mais bêbados. Uma das mulheres tomou a iniciativa, levantou-se e começou a dançar. Logo, foi seguida por mais duas da mesa. Os maridos e namorados somente olhavam. As mulheres, animadas, começaram a tomar a pequena pista. De repente, uma delas deu um beijo no marido ou namorado e foi arrastada pelo passista mais animado do local (tocava samba). Ela fez o gesto quase que para se desculpar por querer dançar. À determinada altura, todas as mulheres, exceto uma, carrancuda, dançavam. Começaram a arrastar atrás de si os maridos/namorados que, a princípio, foram, tímidos, lentos e constrangidos. Depois, conforme bebiam, também soltaram-se. Ao final, todos, exceto um carrancudo (que não era marido ou namorado da carrancuda) dançavam. Num determinado momento, a banda encerrou a apresentação. Antes, houve intervenções e uma mulher de Santa Catarina tomou o microfone e cantou, muito bem. Eu a cumprimentei depois. Garanto que ela ficou muito feliz com seu pequeno show porque tinha voz e todos a aplaudiram. Nessa turma de casais, havia uma espécie de líder, que me pareceu (de novo, na mosca!) o comandante do grupo, das garrafas e da mesa. Vou chamá-lo de patriarca. Esse patriarca pagou uma garrafa de uísque para a banda que, imediatamente, voltou ao palco para tocar. E mais: ele nos conclamou a todos a dançar. Me serviu uísque, disse que eram de Mogi das Cruzes. Era aniversário da esposa que, a determinada altura, perguntou se eu era o "filho". Não sei bem porque, mas tive a sensação de que ela queria a presença dos filhos. Eu disse que era. Tive a impressão também de que era um grupo que estava em algum evento em São Paulo e aproveitou o final de semana para se divertir. Lá pelo final, a esposa teve um ataque de depressão (ou de bebedeira mesmo) e começou a chorar, com vigor. Dois dos homens da mesa se estranharam e ameaçaram se estapear, com as respectivas esposas/namoradas pelo meio, numa tentativa de contê-los. Fomos embora e eu não soube o que aconteceu. Soube apenas que muitos garçons e seguranças subiram (era no piso superior do local). As minhas conclusões desses eventos são um puxão de orelha em maridos e namorados canhestros: levem suas esposas e namoradas para se divertir e dancem com elas. Não é de hoje que vejo maridos e namorados que se encharcam de bebida e esquecem que foram lá para se divertir e divertir às acompanhantes. Que hábito é esse que os homens têm de se esquivar de uma dança. Dancem com elas. Falem com elas. Divirtam-se com elas. Tenho certeza que elas não querem muito mais do que isso. Apenas a diversão compartilhada. É preciso rir a dois. Para não ir embora para casa e dormir feito duas pessoas estranhas. Depois, que mania que os homens, principalmente do interior, têm de se estranhar, e, num segundo, se armar de socos e pancadaria. Provavelmente, a noite terminou de forma desagradável para quase todos. E a esposa que chorava? O que é isso? Foram em busca de prazer e somente encontraram o desprazer. No dia seguinte, além da imensa ressaca etílica, garanto que houve a ressaca moral. E os dois carrancudos, o que dizer disso? Por que saíram de casa? Por que fecharam suas caras? Falta felicidade no mundo. Falta riso. Falta compreensão recíproca. O patriarca foi o único que entendeu isso. Ah! E também o passista e a cantora de Santa Catarina. Eu, pelo menos, saí com todas essas coisas na cabeça e não fui acertado por sopapos. Fiquei feliz porque fui designado simbolicamente como filho do casal (e ainda me despedi da mãe chorosa no fim), tomei uísque com o patriarca e me diverti. E, de quebra, observei, mais uma vez, a condição humana.

sábado, 10 de novembro de 2007

Cala a boca, Chávez!

"Por que você não cala a boca?", perguntou o rei Juan Carlos, da Espanha, com o dedo em riste, ao presidente Hugo Chávez, da Venezuela. O gesto e a pergunta aconteceram neste sábado, 10, durante a 17ª. Cúpula Ibero-Americana, em protesto do rei contra as críticas ao ex-presidente espanhol José María Aznar feitas por Chávez. Feito isso, o rei abandonou a cerimônia e somente retornou porque a anfitriã, presidente do Chile, Michelle Bachelet, foi buscá-lo pessoalmente. Agora, eu mesmo pergunto: por que você não cala essa sua imensa boca, Chávez? Por que você tem que criar factóides todos os dias? Por que você, ditador, que se avoca o direito de ser eleito ad eternum, não pára de criticar os governantes de fora (como já o fez com o queridinho colega Lula) e olha para o próprio umbigo? Por que você reprime as manifestações dos seus cidadãos e não reprime sua verborragia? Por que você lança-se em cruzadas com o Irã e o Iraque? Por que você acha que, como país-fundador da Opep, tem poderes ilimitados? Por que você acha que deve ser criada a Petroamazônia (entre Venezuela e Brasil) para fornecer petróleo mais barato aos países pobres? Você acha que a Venezuela e o Brasil nadam em dinheiro? Por que você não pede isso para os colegas ricos da Opep? Sim, é um desabafo sim. É com ditadores como Chávez que a América Latina inscreve sua agônica história, seus golpes, suas republiquetas e suas involuções. Quando chegam ao poder, ditadores ou aspirantes (como Chávez e, por que não, Lula) só querem permanecer encravados nos palácios governamentais. Chega!!! Stop! Cala a boca!

Norman Mailer

Morreu na manhã deste sábado, 10, o escritor norte-americano Norman Mailer. O escritor ganhou duas vezes o prêmio Pulitzer e é considerado um dos fundadores do estilo "new journalism". Mailer escreveu livros, peças, poemas e ensaios. Seu maior sucesso é o romance "Os Nus e os Mortos". Outros livros são "O Fantasma e a Prostituta" e "Exércitos da Noite", pelo qual recebeu o prêmio Pulitzer. Mailer fundou o jornal "The Village Voice", em 1955, e foi um dos expoentes da contracultura. Seu último livro foi publicado este ano nos EUA, "The Castle in the Forest", que descreve três gerações da família de Adolf Hitler.

O comedimento é azul

"Sucedeu acaso que um porqueiro, que andava recolhendo de uns restolhos a sua manada de porcos (que este, sem faltar à cortesia, é que é o nome deles), tocou uma buzina a recolher. No mesmo instante se figurou a D. Quixote o que desejava; a saber: que lá estava algum anão dando sinal da sua vinda. E assim, com estranho contentamento, chegou à venda e às damas. Elas, vendo acercar-se um homem daquele feitio, e com lança e adarga, cheias de susto já se iam acolhendo à venda, quando D. Quixote, conhecendo o medo que as tomara, levantando a viseira de papelão, e descobrindo o semblante seco e empoeirado, com o tom mais ameno e voz mais repousada lhes disse: — Não fujam Suas Mercês, nem temam desaguisado algum, porquanto a Ordem de cavalaria que professo a ninguém permite que ofendamos, quanto mais a tão altas donzelas, como se está vendo que ambas sois. Miravam-no as moças, e andavam-lhe com os olhos procurando o rosto, que a desastrada viseira em parte lhe encobria; mas como se ouviram chamar donzelas, coisa tão alheia ao seu modo de vida, não puderam conter o riso; e foi tanto, que D. Quixote chegou a envergonhar-se e dizer-lhes: — Comedimento é azul sobre o ouro da formosura; e demais, o rir sem causa grave denuncia sandice. Não vos digo isto para que vos estomagueis, que a minha vontade outra não é senão servir-vos. A linguagem que as tais fidalgas não entendiam, e o desajeitado do nosso cavaleiro, ainda acrescentavam nelas as risadas, e estas nele o enjôo; e adiante passara, se a ponto não saísse o vendeiro, sujeito que por muito gordo era muito pacífico de gênio. Este, vendo aquela despropositada figura, com arranjos tão disparatados como eram os aparelhos, as armas, lança, adarga, e corsolete, esteve para fazer coro com as donzelas nas mostras de hilaridade. Mas, reparando melhor naquela quantia de petrechos, teve mão em si, assentou em lhe falar comedidamente, e disse-lhe desta maneira: — Se Vossa Mercê, senhor cavaleiro, busca pousada, excetuando o leito (porque nesta venda nenhum há) tudo mais achará nela de sobejo. Vendo D. Quixote a humildade do “alcaide da fortaleza”, respondeu: — Para mim, senhor castelão, qualquer coisa basta porque “minhas pompas são as armas, meu descanso o pelejar.” etc. Figurou-se ao locandeiro que o nome de castelão seria troca de castelhano (ainda que ele era andaluz, e dos da praia de S. Lucar, que em tunantes não lhe ficam atrás, e são mais ladrões que o próprio Caco, e burlões como estudante ou pajem); e assim lhe respondeu: — Segundo isso (como também lá reza a trova), “colchões lhe serão as penhas, e o dormir sempre velar.” E sendo assim, pode muito bem apear-se, com a certeza de achar nesta choça ocasião e ocasiões para não dormir em todo um ano, quanto mais uma noite. E dito isto, foi segurar no estribo a D. Quixote, o qual se apeou com muita dificuldade e trabalho, como homem que em todo o dia nem migalha tinha provado.". Trecho de D. Quixote, de Miguel de Cervantes, que releio, com prazer. Recomendo a vossas mercês, leitores, que o leiam (ou releiam). Somos mais quixotes do que nunca. A ilustração do post é de Pablo Picasso. Luxo, ambos, Cervantes e Picasso. É uma noite de reis, não é bardo?

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Ordinariazinhas

O importante é ter conteúdo, afinal. Mas, que o mundo é um assombro, isto é!

Os 10 mandamentos reloaded

Bem, como alguns leitores já sabem, está em curso uma releitura (essa palavra serve para tudo, desde a releitura mesmo de um livro até para a moda, gastronomia, pessoas, enfim, qualquer coisa pode ser encaixada em releitura) de alguns dogmas. Em um post anterior, publiquei as novidades na seção de santas. Agora, vem a máfia italiana, com peculiares dez mandamentos. E logo na Itália, que abriga o Vaticano e o papa e é um dos países católicos por excelência. E, depois, você ainda vai me acusar de brincar com os dogmas? Vou apenas reproduzir. Lembre-se: foi a máfia que colocou dessa forma, não eu. Se você não gostar, fale com os chefões de Roma. Os "Dez Mandamentos da Máfia" foram presos juntamente com outros papéis na casa do chefão Salvatore Lo Piccolo, detido na semana passada em Palermo. Conforme o documento, são os seguintes os mandamentos mafiosos:

I - Não apresentar-te-a a membros de outros grupos sem ser introduzido por uma terceira pessoa (específico para os homens do grupo do chefão recém-preso, Salvatore Lo Piccolo).
II - Não seduzirás a esposa de teus amigos.
III - Não te tornarás amigo de policiais.
IV - Não freqüentarás bares.
V - Cumprirás com tuas obrigações com a Cosa Nostra ainda que tua mulher esteja em trabalho de parto.
VI - Manterás teus compromissos.
VII - Respeitarás tua esposa.
VIII - Fornecerás informações verdadeiras sempre que questionado.
IX - Não te apropriarás do dinheiro de outros grupos da máfia.
X - Não entrarás em grupos de pessoas que têm parentes nas forças da lei e da ordem, bem como de pessoas adúlteras ou que não tenham valores morais.

Além dos dez mandamentos, o documento tem um juramento que todo mafioso deve prestar ao se tornar membro da Cosa Nostra. É um papel que deve ser queimado enquanto o mafioso presta o seguinte juramento: “Se eu trair o grupo, que minha carne queime como esta imagem queima”. Bem, admito que editei um pouquinho os mandamentos, mas, a essência permanece em cada um deles. Se você acha que a Santa Inquisição foi rigorosa, imagine esses mafiosos, com essa lista de mandamentos para seguir e sob o risco de juramento. Você ainda quer ser um mafioso? Se bem que, em Roma, aja como os romanos ...

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Use batom, use batom

Depois de comprar o batom do post abaixo, use, sempre, o batom. Você, afinal, encontrou sua boca no lixo? Há quem responda que sim (talvez até mesmo eu já respondi que sim, não me lembro ...). Em todo o caso, seja lá de onde você tirou sua boca e o que você tem feito (ou deixado de fazer) com ela, se você quiser alavancar o uso da boca para algo mais que falar, comer e bochechar, use estridentemente o batom vermelho. Você vai beijar muuuuuiiiiiiittttttttttooooooooo!

Compre batom, compre batom

Cara leitora (ou leitor, se for o caso): compre batom, compre batom. A empresa de cosméticos francesa Guerlain lançou um batom de U$ 62 mil (R$ 108 mil) nos EUA. O nome do mimo é KissKiss Gold and Diamonds e a empresa informa que o preço alto é por causa da embalagem - um recipiente de ouro cravejado com diamantes -, e não do batom. A caixa do batom tem 119 pequenos diamantes e 18 gramas de ouro. Uma versão "normal" do produto é vendida por US$ 27 (R$ 47). Se você quiser ser mais normal ainda, pode comprar por aqui mesmo, na Avon, Boticário ou Natura. Ou, ainda, compra aqueles do tipo "Angélica" ou "Xuxa". Tem em qualquer farmácia e fazem o mesmo efeito. Por fim, para que batom se você nem tem usado sua boca?

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

An orange is an orange, is an orange, is an orange

O que você considera que é um belo design? O que marca? A marca ou a idéia? O que atrai: a cor, a simplificidade, a revolução? Se alguém soubesse tudo isso, teria descoberto a galinha dos ovos de ouro. O design - de um blog, de um site, de um carro, de um celular, de um vaso ou de uma cama - é tão imbricado de referências pessoais e, ao mesmo tempo, tem que embutir tantas conexões universais que é necessário uma idéia, uma equipe, uma empresa inteira para desenvolver uma logomarca ou uma nova solução de comunicação. Acabei de ler no obvious um post que fala sobre uma verdadeira evolução em termos de design de página web. A operadora móvel francesa Orange, que também atua em vários outros países, decidiu criar um conceito que desse suporte a uma nova campanha de ofertas ilimitadas. Para tanto, chamou a londrina Poke (Londres é a cidade por excelência do design de criação de marcas; é da cidade também a famosa Wolff Ollins, que criou a marca "Orange", "Vivo" e "Oi", entre outras), que criou um conceito simples e poderoso: uma página web que não acaba nunca (coisas boas nunca devem ter fim, é o mote do conceito). Experimente e acesse a página da Orange: agora, tenta chegar ao fim com a barra lateral. Não é legal? Eu achei demais!

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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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