Bolero para Béjart
Maurice Béjart, coréografo francês, morreu nesta quinta-feira, aos 80 anos. Em 1997, eu assisti "Le Presbytère n'a rien perdu de son charm, ni le jardin de son éclat", uma das apresentações de balé mais bonitas que já vi. Béjart teve formação clássica e estreou na carreira primeiro como bailarino. Ainda em 1954 , fundou em Paris a companhia Ballet de l'Étoile, que depois virou Ballet-Théâtre de Paris. Montou espetáculos como "Sacre du Printemps" (A Sagração da Primavera), "L'Oiseau de Feu" (Pássaro de Fogo) e "Boléro" (Bolero). Na Bélgica, Béjart criou a escola Mudra, em 1970; depois, em Dakar, em 1977 e, enfim, em Lausanne, em 1992. Quando se transferiu para Lausanne, o coreógrafo fundou o Béjart Ballet Lausanne. "Boléro" é um dos balés mais conhecidos de Béjart, especialmente por causa da interpretação do bailarino argentino Jorge Donn (na foto deste post). "Le Presbytère n'a rien perdu de son charm, ni le jardin de son éclat", que eu vi no Teatro Municipal de São Paulo, é uma homenagem a Jorge Donn e a Fred Mercury, ambos mortos pela AIDS. A dança perde. O céu ganha um anjo dançarino.
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