BRA: nunca mais?
O ar não está para céu de brigadeiro. A BRA Transportes Aéreos pediu à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a suspensão temporária de todos os vôos (domésticos e internacionais) a partir desta quarta-feira, 7. Assim como os aviões, até o site da empresa está literalmente fora do ar. Em nota, a empresa afirma: "A BRA Transportes Aéreos S/A informa que solicitou à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) a suspensão temporária de todos os seus vôos (domésticos e internacionais) a partir de quarta-feira (dia 7). A BRA orienta os passageiros a não se dirigirem aos aeroportos ou às lojas antes de entrar em contato com 11-3583-0122 para obter detalhes sobre a reacomodação em outras companhias aéreas ou sobre o reembolso da passagem." E assim, vamos, não ligados de um ponto ao outro pelo ar, e sim de galho em galho, como símios que somos. Caiu um avião, os aeroportos enlouquecem, cai outro avião, crise total. Novo ministro chega, macho e com pose de cacique. Só urra, nada de atitude. Caem helicópteros (e a frota aumenta 20% ao ano). Um avião cai na Casa Verde em São Paulo e mata oito. Evidentemente que há uma crise sem precedentes. Que falta infra-estrutura no País. Será que os responsáveis não percebem? Quantos devemos morrer? Não basta ter problemas no solo? Tudo nos atinge, seja pela terra ou pelo ar. Em São Paulo, pela água, já que chove e todos ficam ilhados. Não falta nem o mar que arranca pedaços inteiros da orla brasileira. São os elementos em vingança pela absoluta ineficácia das autoridades. Não dá nem para parar tudo e descer. Descer para onde? Nada é mais seguro. Posso morrer de um avião que cai na minha cabeça. Posso morrer quando o avião cai. Posso morrer porque um avião bateu no meu carro na rua. Se eu fosse crédulo, haveria de acreditar que há cornetas apocalípticas atrás do som do mundo. Como eu vivo no mundo real, do Brasil, acredito firmemente que tudo tende a piorar e isso é só o princípio.
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