A galinha que existe em mim não para de cacarejar
Vamos aos fatos: creio que todos, eu o primeiro da fila, temos uma galinha interna que se move rumo à galinhagem, com maior ou menor intensidade. As pessoas tendem a sofrer pelos mais diversos motivos e um deles, senão o principal, é um ruminar ad eternum quando o assunto são as perdas, as decepções e desilusões, numa mixórdia de galinhas e vacas. Daí até o fundo do poço não há nada: você já está submerso. Ao pensar - e verbalizar - isso, constato que, a despeito de toda a dor e sofrimento que você possa ter com perdas, há uma gigantesca galinha dentro de você (uma granja??? um pintinho??? um galo???) que cacareja louca para bicar por aí. Libera a franga, então! Não há nada pior que o cativeiro, principalmente para galinhas acostumadas a ciscar impunemente (vai nessa!) os quintais próprios e alheios. Diante da conjectura que galinhas presas não fazem verão nenhum, solto as minhas próprias para ciscarem, bicarem e cacarejar a cada ovo (!!) botado. Solte a sua também. Sim, pode curtir sua ressaca. Mas, você pára de comer por que o Bush espirrou? Ou por que o papa mudou o modelo do sapato Prada? Nem eu. Se assim fosse, eu estaria 17,450 Kg mais magro e ainda mais galinha. Como faço uma linha galinha bem-tratada, não deixarei de comer porque vi uma estrela cadente ou porque o Chávez, o Lula, o Slim, o Steve Jobs e o Daniel Hadcliffe/Harry Potter não me escutam. Penas para que te quero! O fato é que a galinha (carijó ou d´angola, tanto faz) estrala de tanto que cacareja. Liberdade aos instintos mais galináceos. Já! Cócócóricócó!!!! (sim, cara Poeira, trata-se, mais uma vez, do inefável e inexorável sexo. Estou um tanto tarado esta semana).
2 Comentários:
Tarado, né? Então lá vai:
Mamãe, um tarado me pegou! Nossa, filha, quando foi isso? Antes de ontem, ontem e hoje...e talvez amanhã.
Você tem certeza de que devo soltar a franga? E depois, quem recolhe os cacos? Ou as penas?
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