Meu rugido dominical
"Dopplegänger", em alemão, significa "andarilho em duplicata" e, conforme a coluna do Sérgio Dávila deste domingo, na revista da Folha, descreve "um recurso literário baseado no mito - alemão - sobre a cópia fantasmagórica que asombra o ser de origem". Baseado nesse conceito, nasceu a palavra "googlegänger" que, neste mundo aqui, da internet, representa a cópia virtual de você mesmo. Ou seja, eu, Redneck, posso ter, neste momento, um clone Redneck (ou, ainda, eu mesmo, pessoa física), que passa a ser confundido pelas pessoas. Posso estar duplicado na rede e os que me conhecem, ou não, passam a achar que meu homônimo sou eu também. É meio confuso, mas é isso. Como diz Dávila em sua coluna, ele mesmo descobriu que há outro Sergio Davila (sem acento), com o endereço www.sergiodavila.com (sem o br do colunista), que vem a ser um colunista peruano de Nova York. Bem, nessa imensidão que é a teia virtual, não é difícil haver Rednecks (ou Sérgios, como é meu caso) espalhados por aí. Há um site gay chamado gayredneck, por exemplo. Eu mesmo tenho, como pessoa física, um homônimo no interior, um parente afastado. Também já fui confundido na vida real pela Justiça e tive que recorrer ao meu advogado para provar que o processado não era eu, e sim um quase homônimo (havia diferença de grafia no sobrenome). A pessoa que processou o meu quase homônimo admitiu que entrou no site da Telefônica e pegou o nome e endereço lá. É brincadeira? Mas, o que quero dizer é que tanto no mundo real quanto no virtual (e tanto na first life quanto na second), podemos, sim, ter duplicatas e sermos confundidos. Qual é o mal disso? Muitos, como acabei de relatar no caso do processo. O problema é que você não tem controle porque não dá para registrar seus domínios. O que, no caso de um leonino, é totalmente irritante. Você pode tentar encontrar homônimos seus pelo Google e poderá ficar chocado(a) com o que encontrar. Já fiz esse tipo de busca e, por ser jornalista, sempre encontro textos meus nos lugares mais improváveis, inclusive publicados de forma irregular - já me vi em jornais do Nordeste, do Norte e até mesmo aqui, na região Sudeste. É o velho copy & past, sem os devidos direitos autorais. Mas, é engraçado, porque o mundo virtual é feito de fios tão longos que, uma hora, você acaba por se encontrar e a seus homônimos. Se você encontrar duplicatas de você mesmo, pode ser interessante conhecer a história dessas pessoas, o que fazem, o que pensam, se têm blogs. Por outro lado, a idéia de ter um clone de você mesmo, ainda que virtual, é estranha. Ninguém gosta de não ser exclusivo (ou pelo menos achar que é único). Não entendo de combinações matemáticas e de biologia profundamente para saber quais são as probabilidades de que haja um Redneck quase que 100% igual a mim em alguma parte do mundo (real e virtual). Mas, sempre desconfiei que, num universo de mais de 7 bilhões de pessoas, é impossível que não haja uma só pessoa bastante semelhante a mim mesmo, física, emocional e racionalmente parecida. Você já pensou nisso?
2 Comentários:
Meu amigo Chef !
Tem um prêmio pra vc lá no blog !
Passa lá para um café e um croissant !!
Abraços
Luz e Paz
HorseMan
Tem dia que não me aguento...imagine duas de mim!
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