Os pássaros - volume 2
Eu comentei aqui a condição de certas amigas que se postam (!) como pássaros. Dada a alta voltagem de penas envolvidas, seria de se esperar que fossem bastante compreensivas no que tange às criaturas penosas. Pois não é que querem matar as pobres aves? Por que tamanha revolta? Esses dias, tive aulas sobre aves silvestres (teoria e prática). Na prática, preparamos codornas. Muito bom! Daí que eu resgatei um passado bem distante: lá, na zona rural de onde eu vim, caçava-se codornas. Uns amigos do meu avô (daqui de São Paulo) iam, com cachorros inclusive, à caça de codornas. Havia muitas. Não as há mais. Foram extintas - assim como os coqueiros, por causa do palmito (um pé de coqueiro gera apenas um fruto de palmito). Comer codorna, perdiz e faisão é caro, agora. A perdiz brasileira era tão disponível que há um bairro - Perdizes - em São Paulo por conta da presença (há décadas) dessa ave. As aves se recolhem assim que o sol se põe (exceto as notívagas e as congêneres humanas). Claro que assim que a primeira brisa da madrugada anuncia o sol, essas aves chilreiam, alegres com o novo dia. Mas, alguns seres humanos, zumbis, querem acabar com isso à base de gás sarin. As aves (as autênticas, não as penadas artificialmente) me confidenciaram que vão fazer ainda mais barulho e essas pessoas vão ter que dançar a dança do passarinho, do siri, da eguinha pocotó e todas as cópias perversas que os humanos fazem dos animais.
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