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sábado, 22 de setembro de 2007

Os anos em que não fizemos contato

Os anos de 1989 e 1990 foram aqueles em que Patty Diphusa e eu não fizemos contato. Entre 1989 e 1990, morei na Rua Martiniano de Carvalho, 629, no Paraíso. Entre 1982 e 1992, Patty Diphusa morou na Rua Martiniano de Carvalho, 629. Foram dois anos de convivência no mesmo edifício, mesmo elevador, portaria, salão de festas, garagem, entrada e saída. Não fomos apresentados um ao outro e não me recordo de Patty nesta época. Era final dos 80 e talvez Patty fôsse muito diferente ou então eu era mais cabisbaixo e soturno do que nunca, um Escobar apenas. Vivíamos separados por cinco andares, somente. Eu, no 6º. Patty, no 11º. Eu, trabalho. Patty, muita diversão, segundo seu próprio testemunho. Enquanto eu dormia, Patty, sobre mim, literalmente, fazia sabe-se lá o que! Até sei. Não vou publicar porque não sou guardião de "coisas que humanos fazem entre quatro paredes", principalmente de vizinhos. Com Patty, vivia sua filha, Little Patty. Eu + crianças = medo! Devo ter olhado de cara feia para Little Patty uma dezena de vezes, quando a fofa brincava no hall do edifício. Little Patty, se você me chamou de tio naquela ocasião, não me recordo. Espero que não. Se chamou, devo ter olhado com cara de monstro para você. Se te assustei, é porque precisei. Faz parte da minha linha de defesa contra crianças que olham para mim e sorriem. Corte de uma década. Vivo em São Paulo há 21 anos. Em 2000, graças a meu trabalho, encontrei Patty. Não a conhecia ainda. Fomos apresentados e ela disse que me conhecia. Eu somente sorri amarelo. Concorrente direta, não era eu que ia ser diplomático. Ficamos na mesma sala, para uma minúscula coletiva: ela, eu, o executivo e uma assessora (a quem chamo de prima). De lá para cá, nossos encontros foram cada vez mais frequentes. Somos amigos. Há mais de sete anos. Há pouco mais de 20 dias, numa conversa, Patty falou o nome da rua (Martiniano de Carvalho) quase en passant, assim, no meio da conversa. O quê???, perguntei. Foi assim que chegamos à conclusão que fomos vizinhos entre 1989 e 1990, há quase 20 anos. Passamos desapercebidos um pelo outro por dois anos. Ficamos longe durante dez anos. E, agora, somos amigos. Este fim de semana, fui registrar o fato, para obter uma informação precisa. Confirmadíssimo: o prédio é este mesmo, que ilustra este post. Destino? Não sei. Só sei que Patty e eu nos conhecemos há 19 anos: dois de convivência no mesmo edifício, dez de separação e mais sete de proximidade, de fato. Estranho? Não acho. Têm pessoas que devem ser juntadas sei lá por que forças. Acontece. Aconteceu comigo e com Patty.

1 Comentário:

Patty Diphusa disse...

É isso, amigo. Tenha fé no destino..Ou, como diria a menina da peça que vi na segunda, tinha de ser...

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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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