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quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Contraponto

Sabe aqueles velhos projetos que cada um de nós tem de mudar o mundo e que morrem com a chegada de nossos primeiros invernos? Dá para fazer, sim. Com madre Tereza (de Calcutá, Índia - registre!), não compartilho nada, a não ser as dúvidas sobre Ele (publicadas recentemente e causadoras de polêmica). Contudo, dá para fazer um pequeno esforço e alegrar-se com movimentos que mudam um pouquinho, pelo menos, a face sombria desse mundo pretensamente moderno em que vivemos. Na era da internet, é possível que qualquer um de nós empreste quantias a partir de US$ 25 a pequenas empresas (controladas por mulheres, majoritariamente) do Vietnã ao Quênia. O crédito popular mundial tomou impulso quando o bengalês Muhammad Yunus, de Bangladesh, criador do "banco popular", que concede microcréditos, recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2006 pelo projeto do Grameen Bank. O Kiva.org partiu do mesmo princípio e mal dá conta do volume. O site trabalha com dezenas de grupos de microcrédito que selecionam empresas que precisam de empréstimos - de uma mulher hondurenha que vende cosméticos a uma tecelagem cambojana ou uma oficina mecânica em Gana. Em entrevista à Reuters, o fundador do Kiva, o indiano Premal Shah, disse que o usuário médio fornece recursos a quatro empresas no site, com empréstimos de US$ 25 a cada uma, e até agora o total emprestado foi de US$ 11 milhões, sempre a juro zero. O idealizador espera emprestar US$ 100 milhões nos próximos três anos. Shah trabalhou na PayPal, empresa da eBay que permite fazer pagamentos online por internet de qualquer lugar do mundo. Você já reparou quantas boas idéias vêem da Índia, Bangladesh e de toda aquela região? Publico este post como um contraponto aos 40 que me entalaram na garganta como uma espinha de peixe e que soam pequenos perto de grandes como Yunnus e Shah. Olha a cara de feliz do Shah na foto. Aposto que o bengalês dorme em paz toda noite!


1 Comentário:

Anônimo disse...

a liberdade de expressão é um dos pilares de uma sociedade civilizada (civilidade que, por óbvio, não é sinônimo de igualdade ou justiça).
Confesso que prefiro seus posts mais frívolos, triviais e nonsenses, do que o desabafo um tanto piegas, filho da indignação ligeira com a barriguinha cheia.

T.

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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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