A morte ao vivo
Jornalismo mata. Em várias instâncias. Stress, cobertura de guerra e todo o tipo de violência a que somos submetidos em função do nosso trabalho. Às vezes, é o volume de trabalho que nos violenta. Outras, é a violência física. Em ambos os casos, as consequências podem ser bastante fatais. No Equador, um âncora de TV, Marcelo Nicolaide, de 36 anos, morreu enquanto apresentava um telejornal, em pleno estúdio de televisão. O motivo foi uma parada cardíaca. O apresentador sofria de arritmia cardíaca. O telejornal foi interrompido e colegas de estúdio tentaram socorrê-lo. Depois do ocorrido, o canal RTU (Radio y Televisión Unidas) suspendeu a programação para homenageá-lo. Nicolaide era jornalista há 14 anos, dos quais dez passara como repórter e apresentador de diversos programas na RTU. Me solidarizo com o colega porque, em várias ocasiões, senti os efeitos físicos da pressão de um prazo, de um fechamento e de todo o trabalho que temos que fazer, em tempo recorde, para sobreviver. Sinto muito, Nicolaide.
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