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quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Rastreio de Cozinha - 114

Nesta quarta-feira, 17, tivemos aulas de Planejamento e Organização (estrutura do empreendimento, amparada em toda a legislação para bares, restaurantes e estabelecimentos correlatos) e de Gestão Financeira (que envolve toda a parte de fluxo de caixa de um estabelecimento e o respectivo pay back, sobre o qual comentei em post na semana passada).


Daí que ambas as disciplinas têm a ver com estabelecimentos que nós, como potenciais empreendedores de negócios de gastronomia, podemos muito bem vir a gerir no futuro, de uma forma (uma revenda de horti-fruti) ou de outra (um café ou restaurante). E, tendo a ver com gerenciamento, qualidade, planejamento, organização, retorno financeiro e estudos de viabilidade, não entendo como a infra-estrutura da faculdade é eficiente a ponto de nos dar um tratamento de terceira ou quarta classes (ainda que estejamos no quarto e último módulo e deveríamos, na teoria, ser o espelho das demais classes que nos seguem em módulos anteriores).

Pois que somos, formandos, há menos de três meses do final do curso superior de tecnólogo em gastronomia, submetidos a condições precárias, a despeito de pagarmos alto uma mensalidade que deveria, no mínimo, nos retornar com algumas condições as quais, a essa altura, não deveriam estar aqui, sob debate e crítica.


Um dos prédios da faculdade está fechado esta semana porque há uma semana especial para um dos cursos. A fim de economizar, acho, a faculdade optou por manter o prédio fechado. O problema é que nesse prédio ficam a copiadora, responsável pela maior parte da distribuição do material de aula (o portal na internet é ineficiente e, portanto, os professores acabam por deixar o material na copiadora, onde o acesso é mais fácil) e as maiores salas.

Em função disso, nos "jogaram" numa sala em que cabem, mais ou menos confortavelmente, umas 30 pessoas (estávamos em mais de 50 hoje). Claro que ficamos colados uns nos outros, sem cadeiras suficientes para todos. Houveram alguns que assistiram as aulas (e apresentações de colegas) em pé e os houve, colegas, quem ficasse do lado de fora da classe, acomodados nas escadas adjacentes.


O que se viu foi que, durante a aula de Planejamento e Organização, tivemos de tudo - movimentação de alunos atrás de carteiras, um arrastar interminável dessas carteiras para acomodar os retardatários, cerca de 20 conversas paralelas, já que os diálogos se dão em duplas e um barulho que não permitiu a ninguém ouvir o que se apresentou - pelo menos uns 5 ou 6 grupos apresentaram trabalhos sobre projetos estruturais de alguns setores de um restaurante - bar, área de garde manger, salão, cozinha, restaurante inteiro etc.

A professora de Planejamento e Organização é uma "gracinha", para usar um termo que ela emprega com frequência: acho ela completamente eficiente e dinâmica. Nos envolve num assunto que, a priori, é maçante. No entanto, ela nos convence porque tem didática e não deixa a peteca cair jamais. Conseguiu, por exemplo, para as aulas de hoje, sem reservar nada, um data show e o respectivo computador para que os colegas apresentassem seus projetos em PowerPoint.


Atitude que, comigo, a eleva, já que a mesma situação, na semana passada, não foi contornada pelo professor (e coordenador) de TCC. Acho louvável a atitude dela porque foi atrás e arrancou da administração o equipamento porque os alunos estavam lá, prontos para se apresentar, e não havia equipamento. Somente por isso, já a admiro.

Mas, o que fazer quando a desorganização da faculdade nos deixa enjaulados, com um pouco mais de espaço que o metrô no horário de pico? Contudo, o metrô é público e a tarifa é acessível. Não dá para comparar pelo preço que, a princípio, cada um de nós paga para ocupar as carteiras da faculdade. Numa conta superficial, pagamos entre R$ 25 a R$ 32/dia para ocupar um lugar na sala de aula. O preço varia porque, se você pagar com 15 dias de antecedência, há um "desconto". Hilário!


Na minha cabeça, as duas aulas seguintes acabaram por fomentar a minha impaciência com a falta de tato e de infra-estrutura: fizemos exercícios de fluxo de caixa e de pay back, como parte preparatória para as provas da semana que vem. É verdade! Na semana que vem, começam as primeiras provas (chamadas P1) desse último módulo. E, enquanto cravejávamos os números, eu pregava um prego em madeira dura para achar, dentro do cérebro, que tipo de pay back (ou retorno) é esse: pago para ter uma decência mínima dentro da sala de aula e o que tenho?


Tudo: risadas, desatenção, falta de compreensão, professor que atinge apenas até a metade da classe e, por fim, imagino, lança uma breve prece para que todos enfiem goela abaixo alguns parcos números e fórmulas. É esse o conceito de pay back da faculdade: absorva o que puder e, o que não conseguir carregar, jogue na conta geral de despesas futuras. Posteriormente, veremos todos que a conta da rubrica "a fundo perdido" é bem mais extensa do que supúnhamos.

Pelas normas do ISO (International Organization for Standardization), a gestão da qualidade da faculdade deve estar muitos milhares de níveis abaixo do padrão ISO 9000 (acho que estaríamos, se existisse, no ISO 2000). Qualidade, faculdade, qualidade!!!

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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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