The book is on the table
Um menino de 15 anos foge de casa. Um velho conversa com gatos. O primeiro carrega uma maldição: matará o pai, dormirá com a mãe e com a irmã, numa reprodução do mito de Édipo e Jocasta. O segundo sofreu um desmaio quando criança e perdeu a memória. Nunca mais foi o mesmo: não aprendeu a ler nem a escrever. Agora, recebe uma pensão do governo e complementa a renda como "achador de gatos". Enfrentará uma estranha figura de chapéu que sacrifica gatos. O que os dois personagens têm em comum?
Não sei. Sei que o livro é danado de bom e estou na metade, a ponto de começar a desvendar os mistérios. O livro chama-se "Kafka à beira-mar", do japonês Haruki Murakami (Alfaguara, 517 páginas).
Na contra-capa, está escrito: "O mundo criado por Haruki Murakami não é um lugar qualquer. É povoado por gatos falantes, fantasmas, peixes que caem do céu e pessoas com dons paranormais. É um universo vibrante, de um dos mais importantes escritores da atualidade. É um livro imaginativo, com referências que vão do mundo pop às tragédias gregas. A odisséia desses personagens, tão misteriosas para eles quanto para nós, será pontilhada por provações e descobertas, numa das mais surpreendentes obras da literatura dos últimos anos."
Desde já, eu recomendo. Estou na página 305 e os caminhos de ambos os protagonistas começam a convergir. A literatura japonesa - atual e antiga - sempre tem o dom de me carregar em suas viagens.
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