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sábado, 1 de novembro de 2008

Pinguim


Direto de Ribeirão Preto (SP) - Sempre quando ouvi falar sobre Ribeirão Preto, "Pinguim", o bar, aparecia junto, quase como um sobrenome. Uma das capitais do agribusiness mais conhecidas do Brasil, Ribeirão também é famosa pelo calor.

Ao passar num posto de gasolina para abastecer, um frentista me disse que Ribeirão é quente porque na área da cidade havia, há alguns séculos, vulcões. Ribeirão fica num buraco, me disse. Também acrescentou que é uma lenda, que "falam". Não sei da verdade desses fatos, mas, que a cidade é quente, é.


Agora, não sei exatamente porque, eu não me achei em Ribeirão. Me perdi todo o tempo: na ida, demorei horas para encontrar o hotel. Logo na hora do almoço, me ligaram para ir ao bar Pinguim. Ante toda a confusão da véspera, decidi ir de táxi. Voltei de carona e, acredite se quiser, nos perdemos para voltar ao Shopping Ribeirão, onde fica o hotel. E estávamos, teoricamente, com pessoas que sabiam as direções.


Meus amigos, com a exceção de uma amiga, reclamaram todos da dificuldade de acesso ao hotel. Todos se perderam na chegada. O shopping é grande e há três longas avenidas que levam ao hotel. O problema é que a cidade é plana e não dá para ver ao longe todo o shopping. Achei mais por acaso do que por saber o caminho.


Para ir ao evento, ao final da tarde, mais rotas sinuosas e mais um pouco de tempo perdido. Estávamos uma amiga e eu e demoramos uns 20 minutos entre diferentes estradas e avenidas até entender o mapa. Finalmente, chegamos, com 30 minutos de atraso.

Se gostei da cidade? Sim! Mas tenho a sensação de que a cidade não gostou de mim, de tanto que me perdi. Volto, porém ao assunto do bar Pinguim.


Fomos, em caravana, umas dez pessoas. Havia fila para entrar. Esperamos uns 15 minutos. Nos acomodamos e pedimos a bebida. De forma lamentável, o chopp do Pinguim estava quente. O bar é famoso. Não entendo como o chopp, que é uma das principais atrações de um lugar como esse, não seja gelado.


Ribeirão, 40 graus, logo, chopp gelado. Não foi o que aconteceu. E registro um comportamento dos antigos garçons: com a tulipa pela metade, já colocavam um novo copo. Não gosto disso em nenhum estabelecimento.


Pedimos os tira-gostos típicos: carne seca (estava muito seca e um pouco dura), linguiça mista (boa) e uma porção de bolinho de bacalhau, que nos foi praticamente empurrada pelo garçom. Estava boa também, com um toque picante na medida certa. Finalmente, comemos uma feijoada. Estava OK, na média. Nada de excepcional.


No bar, há uma lojinha com produtos da casa: cinzeiros, chinelos, camisetas, porta-copos, bonés e, claro, pinguins de vários tipos. Eu tenho uma coleção de pinguins e sempre quis ter um do bar Pinguim. Minha coleção deve beirar uns 50 pinguins e agora está enriquecida com mais dois pinguins do bar.


Do que mais gostei no sábado à tarde em Ribeirão foi a possibilidade de encontrar pessoas com as quais tenho anos de convívio, mas, no dia-a-dia de São Paulo, é impossível unir todo mundo. Como disse um dos amigos presentes, foi como se precisássemos todos viajar longe para nos encontrarmos. Algo como ser de outro país. Afora o Pinguim se revelar, no final das contas, mais famoso do que de qualidade, o que valeu, mesmo, foi reencontrar os amigos. E aí não importa se é o Pinguim ou o cabeleireiro do shopping. Vale apenas pelo prazer de nos vermos.

2 Comentários:

Anônimo disse...

Quando fui p Ribeirão resolvi ir num lugar chamado La Cucina do Tullio Santini, em todos os lugares é aclamado como o melhor restaurante italiano da cidade. Bom, só pelo prato principal acho que foi mais de 1 hora de espera e nenhuma explicação, sinceramente quase levantei para ir embora, mas a curiosidade falou mais alto porque queria saber que "obra prima" ia chegar na mesa para justificar tudo aquilo. Resultado: pratos medianos..... Certamente a fama que alguns lugares tem não tem explicação alguma e nós como turistas caimos nessas roubadas.
E ai, pronto p maratona amanhã??
Beijo

Redneck disse...

Tati, pois é. Uma decepção, não! E você sabe que em geral é isso mesmo que ocorre? O restaurante ou bar ou qualquer outro lugar tem a maior fama, você vai lá, espera, confere, paga cara e ... não gosta. Não é a primeira vez que isso me ocorre. O jeito é procurar lugares escondidinhos, igual ao prato. A minha maratona será apenas na quarta-feira. Não vou poder cobrir todos os dias, infelizmente. Nos vemos lá ou não, afinal? Beijo!

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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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