A imprensa subiu no telhado
Realmente, o chamado quarto poder (a imprensa) não está com essa bola toda não. Pesquisa global divulgada pela rede de TV britânica BBC revela que 40% dos entrevistados consideram aceitável limitar a liberdade da imprensa de relatar as notícias de forma precisa. Para essas pessoas, a liberdade de imprensa é secundária, e é melhor manter a harmonia social e a paz do que permitir que a imprensa informe livremente. Entretanto, a maioria da população mundial (56%) diz que liberdade de imprensa é muito importante para uma sociedade livre. Foram ouvidas 11.344 pessoas em 14 países. Na maioria das nações, a liberdade de imprensa foi considerada mais importante do que a estabilidade social. O maior porcentual de apoio à liberdade de imprensa foi registrado nos países da América do Norte e da Europa Ocidental, com até 70% favoráveis à liberdade de imprensa em primeiro lugar. Com mais de 60%, aparecem três países mais conturbados: Venezuela, Quênia e África do Sul. Destaque para a Venezuela, que passa por uma série de restrições impostas pelo governo de Hugo Chávez às redes de TV e jornais contrários à sua política. Os países em que a população dá preferência à estabilidade social em detrimento da liberdade de imprensa são Rússia (onde há forte repressão da mídia), Índia e Cingapura. Nesses países, cerca de 48% disseram que preferem a estabilidade. Cerca de 40% disseram preferir uma mídia livre. O Brasil foi o terceiro colocado entre os países cujas populações consideram a imprensa "muito livre": 28% dos entrevistados acham isso, menos apenas que norte-americanos e venezuelanos, com 31%. Para 52% dos brasileiros, a liberdade de imprensa deve ser prioridade, enquanto 48% aceitam algumas restrições em nome da estabilidade social. Por outro lado, 43% dos entrevistados brasileiros avaliam que a atuação dos órgãos de imprensa públicos (como a Radiobrás, a nova TV Brasil, os Diários Oficiais etc.) é ruim. Foi o maior percentual entre todos. Fonte: Veja.
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