Simpatia ou perversão?
Chidi Ogbuta, de Allen, Texas, EUA, decidiu fazer-se comer à sua imagem e semelhança. Tenho para mim que há um fundo sexual na história. A moça, noiva, sonhou e encomendou um bolo de casamento com suas próprias medidas (altura, largura, busto) e rosto. O bolo foi feito por um confeiteiro, mas, o rosto foi devidamente esculpido por um artista. O conjunto da obra de comer levou uma semana para ficar pronto. Apesar do que eu penso a respeito, o primeiro pedaço do bolo foi do noivo. Mas, todo mundo tirou uma casquinha. Agora, cada noiva que eu conheci acredita em alguma simpatia. Umas bordam os nomes das amigas encalhadas na barra do vestido. Outras, usam cinta-liga. Outras, carregam sabe-se lá o que no percurso da porta da igreja ao altar. E por aí vai. Para mim, essa norte-americana foi longe: decidiu que todos a comeriam em seu próprio casamento. É algo como uma pseudo-antropofagia coletiva. Perverso, não?
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