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terça-feira, 7 de agosto de 2007

Tudo o que é sólido desmancha no ar


A expressão de Karl Marx mostra-se revigorada na contemporaneidade. Senão, vejamos. Marx lapidou a frase para o "Manifesto Comunista", em 1848. Lá se vão quase 160 anos e a afirmação de Marx não relaxa. Ao contrário. Em tempos de catástrofes, as leis da física se desdizem e o sólido se espatifa em vapor, em líquido ou no nada. Será que é um retrato de nossos tempos? Tenho para mim que sim. Não há mais solidez nos princípios, no comportamento, no dia-a-dia. Parecemos todos fragmentos de algo que já foi, um dia, sólido. Não, sem essa de saudosismo! Não se trata disso. É que quando os valores que acreditamos estouram, as referências acabam. Acaba o chão. Como se comportar no novo? O desconhecido sempre foi temerário para nós, humanos. Preferimos, como as crianças, a repetição porque nos é familiar e, portanto, segura. É claro que precisamos seguir em frente. Mas, a esse preço? E o que teremos? Acho que só poeira de estrelas.

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